Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC25d - Saude bucal COC 4

24894 - ASSOCIAÇÕES ENTRE DOR DENTÁRIA E COMPORTAMENTOS EM SAÚDE BUCAL DE ADOLESCENTES E CARACTERÍSTICAS DO CONVÍVIO FAMILIAR
NEWILLAMES GONÇALVES NERY - SMS GOIÂNIA/FO-UFG PPGO, MARIA DO CARMO MATIAS FREIRE - FO-UFG, LIDIA MORAES RIBEIRO JORDÃO - FO-UFG

Apresentação/Introdução
A dor de origem dentária é considerada um dos mais relevantes problemas de saúde bucal. O conhecimento dos fatores relacionados à sua ocorrência, assim como aos comportamentos relativos à saúde bucal em adolescentes pode subsidiar estratégias efetivas de promoção de saúde e redução deste agravo.


Objetivos
Investigar associações bivariadas entre aspectos relacionados ao convívio familiar de adolescentes escolares e a prevalência de dor dentária, além dos comportamentos de risco para a saúde bucal.


Metodologia
Analisaram-se dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) realizada em 2015, e aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa no Brasil, envolvendo capitais brasileiras e interior. A amostra, com representatividade nacional, envolveu 102.072 adolescentes (11 a 17 anos de idade), do 9º ano do ensino fundamental, de escolas públicas e privadas, que responderam um questionário eletrônico. A análise estatística bivariada baseou-se no Teste Rao-Scott, considerando pesos amostrais. Foram testadas associações entre aspectos do convívio dos adolescentes com seus pais e/ou responsáveis e variáveis relacionadas à saúde bucal (dor dentária e comportamentos de risco).


Resultados
Aspectos negativos do convívio familiar – ‘Não morar com o pai’, ‘Não almoçar ou jantar com pais e/ou responsáveis’, ‘Faltar à aula’ ou ‘Utilizar o tempo livre sem o conhecimento deles’ - foram associados (p < 0,001) à maior prevalência de dor dentária, menor frequência de visita ao dentista, alto consumo semanal de guloseimas e refrigerantes, além de experiência de uso do tabaco e bebida alcoólica. Com exceção de ‘Não morar com o pai’ (p = 0,051), todas as variáveis relacionadas ao convívio familiar também se associaram significativamente à menor frequência de escovação dentária (p < 0,001).


Conclusões/Considerações
Os resultados sugerem que aspectos relacionados ao convívio e interações familiares devem ser considerados para melhor compreensão e planejamento de intervenções relativas à vigilância e promoção da saúde bucal dos adolescentes. Adicionam-se novos conhecimentos, havendo necessidade de se aprofundar a pesquisa a respeito.

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