27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC25b - Saude bucal COC 2 |
26156 - CARACTERÍSTICAS DO ACESSO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AOS SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL: ESTUDO PILOTO ELOISA TOMAZONI - FASURGS, ANGELA MARIA MORO - FASURGS, DEISON ALENCAR LUCIETTO - UFF, LUIZ OTÁVIO ROSA GAMA - ACD SAÚDE, SOLANGE LEÃO PEREIRA - ACD SAÚDE, ANDRÉA NEIVA DA SILVA - UFF
Apresentação/Introdução Mesmo que a legislação assegure o direito à atenção integral à saúde das pessoas com deficiências, em todos os níveis do SUS, estima-se que o acesso aos serviços de saúde bucal ainda representa grande barreira em todas as regiões brasileiras. Tal acesso é fundamental para a conquista da saúde e da qualidade de vida. Apesar da sua importância, observa-se carências de estudos sobre a temática.
Objetivos Descrever características do acesso aos serviços de saúde bucal de pessoas com deficiências atendidas em um centro de reabilitação física e visual do Rio Grande do Sul.
Metodologia Tratou-se de estudo piloto descritivo transversal, realizado na Associação Cristã de Deficientes Físicos de Passo Fundo/RS, centro de reabilitação credenciado do SUS. A pesquisa foi aprovada via Plataforma Brasil sob o número 2.085.223 Utilizou-se amostra de conveniência quando foram incluídos maiores de 18 anos, independentemente de deficiência. Foi aplicado questionário com 13 questões de múltipla escolha sobre acesso e utilização de serviços odontológicos, criadas e adaptadas de Claudino (2011), Martins e Aguiar (2011), além das variáveis sociodemográficas. Os dados foram analisados no Programa Microsoft Office Excel (2016) através de estatística descritiva.
Resultados Participaram da pesquisa 41 pessoas, a maioria do sexo masculino e idade média de 35,5 anos. Houve predomínio de consulta ao dentista no último ano (41,5%), no SUS (68,3%) e por motivo de revisão/prevenção (34,1%). Parcela considerável não tinha informações sobre prevenção de doenças bucais (58,5%). Pouco mais da metade (53,7%) recebia visitas de agentes comunitários e 9,8% de dentistas. A maioria não possuía acesso a serviços odontológicos especializados (75,6%) e os avaliava como ruins (34,1%). Boa parcela nunca havia recebido instruções sobre dieta (63,4%) e às vezes recebia sobre higiene bucal (36,5%). Menos da metade (39,0%) sempre entendia as orientações fornecidas pelo dentista.
Conclusões/Considerações Identificou-se que as pessoas com deficiência participantes encontram barreiras de acesso aos serviços de saúde bucal, visualizadas no limitado acesso às visitas domiciliares, aos serviços especializados e às informações para a prevenção das doenças bucais. Os achados indicam a necessidade de melhorias na atenção odontológica desses pacientes e sinalizam para a realização de novas investigações com a ampliação do número de participantes.
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