27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO25c - Saude bucal CO 3 |
21691 - ANÁLISE ESPACIAL DE UM INSTRUMENTO DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE E SUA RELAÇÃO COM FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS E ODONTOLÓGICOS RELATADOS PELOS USUÁRI JOÃO PERES NETO - FOP/ UNICAMP, EMÍLIO PRADO DA FONSECA - FOP/ UNICAMP, KARINE LAURA CORTELLAZZI MENDES - FOP/ UNICAMP, MARC TENNANT - THE UNIVERSITY OF WESTERN AUSTRALIA, MARIA DA LUZ ROSÁRIO DE SOUSA - FOP/ UNICAMP
Apresentação/Introdução O acesso e a utilização dos serviços de saúde, resulta de uma interação de fatores, entre eles, a necessidade e a percepção relatadas pelos usuários, condições sociodemográficas e conhecimento espacial do território. Um instrumento de acesso de classificação de risco familiar, pode proporcionar uma organização dos serviços em saúde bucal mais equitativa, se adotada pelas equipes.
Objetivos Analisar a relação de um instrumento de acesso aos serviço de saúde com fatores sócio- demográficos e odontológicos relatados pelos usuários, como também abordá-lo espacialmente.
Metodologia Estudo transversal com amostra de 115 famílias, obtidas de um estudo inicial. Considerou-se como variável dependente o instrumento de acesso, a classificação de risco familiar, segundo Coelho e Savassi, dicotomizada em “sem risco” e “em risco”. As variáveis independentes foram selecionadas baseadas no modelo teórico proposto por Andersen e agrupadas em três blocos hierárquicos: fatores predisponentes, facilitadores e necessidades percebidas. Realizou-se análise bivariada para a associação das variáveis e posteriormente foram estimados modelos de regressão logística múltipla hierarquizada. O estimador de densidade de Kernel foi utilizado para análise espacial.
Resultados Estar “em risco” familiar associou-se com menor anos de estudo (OR=2,424; IC: 1,131-5,193), menor renda familiar (OR=2,537; IC: 1,049-6,132), insatisfação com a saúde bucal (OR=3,189; IC: 1,456-6,986), vergonha ao sorrir (OR=4,086; IC: 1,526-10,943) e deixar de dormir (OR=2,900; IC: 1,105-7,609). Indivíduos que residiam com mais de 4 pessoas (OR= 3,46; IC: 4,66-8,16), que estavam insatisfeitos com a saúde bucal (OR=2,38; IC: 1,00-5,67) e que tinham vergonha ao sorrir e falar (OR=3,03; IC: 1,01-9,13) tinham mais chance de estar “em risco” familiar. A análise espacial possibilitou a visualização de uma área de grande concentração de famílias “em risco”.
Conclusões/Considerações Pela associação do instrumento de acesso analisado, com fatores sócio- demográficos e odontológicos relatados, além do auxílio na visualização e identificação de áreas mais vulneráveis, melhorando assim o conhecimento do território para o planejamento das ações, concluímos que tal instrumento pode ser adotado para o acesso com maior equidade, por parte das equipes de saúde bucal.
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