29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC30e - Pessoas Privadas de Liberdade |
22095 - RELATO DE EXPERIÊNCIA COM RELAÇÃO AOS ATENDIMENTOS EM SAÚDE REALIZADOS COM PESSOAS EM PRIVAÇÃO TEMPORÁRIA DE LIBERDADE. RIDINEY SANTOS OLIVEIRA - UFPR, ANDRÉ FILIPAK - UFPR, BRUNO DENES CESÁRIO PEREIRA - UFPR, RAFAELA SCHAEFER - UFPR, HENRIQUE CESAR CORREA HAMILKO - UFPR, SARAH ALMEIDA AMARAL ALVES - UFPR, HELVO SLOMP JÚNIOR - UFPR, MARCELO JOSÉ DE SOUZA E SILVA - UFPR, DEIVISSON VIANNA DANTAS DOS SANTOS - UFPR, SABRINA STEFANELLO - UFPR
Período de Realização Atendimento médico de pessoas privadas de liberdade em delegacias de Curitiba de 2014 até hoje.
Objeto da Experiência Pessoas privadas de liberdade que estão em delegacias de Curitiba
Objetivos Descrever como são realizados os atendimentos a população privada de liberdade presente na delegacia e como conseguem o acesso a esse atendimento.
Metodologia Para alcançar os objetivos, utiliza-se o diário de campo, pois, desse modo, é possível identificar a maneira que as pessoas privadas se organizam para terem acesso ao atendimento, como são realizadas as consultas médicas e como funciona o uso de medicamentos dentro das delegacias.
Resultados Há dificuldades estruturais e de acesso aos exames, pois não há um espaço típico de consultório e a logística para levá-los aos locais de exames é difícil. Atendimentos acontecem de forma improvisada em um espaço que fica antes das celas no qual a pessoa permanece em pé devido falta de maca. Exceto pela campanha contra a gripe, com disponibilização de vacina, não há outros programas de prevenção e promoção de saúde. Organização social é determinada parte pelos reclusos e outra pelos policiais
Análise Crítica Há reclusos que encontram dificuldade de atendimento por limitação interna feita pelos colegas de cela, pois eles selecionam os casos que consideram de maior necessidade. Além disso existe a limitação institucional, na qual os guardas identificam os que não poderiam ter acesso à consulta naquele momento e a triagem pela equipe de saúde. A quantidade de medicamentos é pequena no momento do atendimento e chama a atenção a baixa frequência de atendimentos considerando o número total de reclusos
Conclusões e/ou Recomendações Percebe-se limitações estruturais e de logística para garantir atendimento e cuidado adequado. Além disso, parece existir uma lógica de funcionamento entre os reclusos que pré-selecionam aqueles que precisam de atendimento baseado em regras internas ainda não bem compreendidas. Depois, tem-se avaliação dos policiais e da equipe de saúde. Entrevistas aprofundadas estão sendo realizadas para compreender melhor o que acontece na visão dos reclusos.
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