29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC30e - Pessoas Privadas de Liberdade |
21824 - CONDIÇÕES DE SAÚDE DAS PESSOAS QUE VIVEM COM AIDS NO CÁRCERE PEDRO AUGUSTO BOSSONARIO - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP, ERIKA APARECIDA CATOIA - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP, GLAUBER PALHA DOS SANTOS - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP, ALINE CRISTINA GONÇALVES ANDRADE - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP, GLÁUCIA RAVANHOLI MORANDIM - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP, RUBIA LAINE DE PAULA ANDRADE - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP, LÍVIA MARIA LOPES - CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE FRANCA - UNI-FACEF, ALINE APARECIDA MONROE - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP
Apresentação/Introdução Estudos nacionais e internacionais apontam maior prevalência do HIV no ambiente prisional em relação à população geral. Entre os aspectos responsáveis pelo aumento da vulnerabilidade ao HIV no âmbito prisional, destacam-se a superlotação, o uso de drogas, o não uso do preservativo, o compartilhamento de perfurocortantes e a falta de acesso às informações e insumos preventivos.
Objetivos Descrever o perfil sociodemográfico, clínico e de acompanhamento das pessoas que vivem com HIV (PVHIV) em unidades prisionais.
Metodologia Estudo descritivo, do tipo inquérito, com abordagem quantitativa. O local de estudo compreende seis unidades prisionais da região de Ribeirão Preto. A população do estudo constituiu-se por 85 PVHIV privadas de liberdade por mais de seis meses na unidade prisional. Utilizou-se um instrumento estruturado com escalas de respostas dicotômicas e de múltipla escolha. Para o estudo, foram selecionadas variáveis das seções: I- Dados sociodemográficos e comportamentais; II- Trajetória no sistema prisional; III- Dados clínicos e de acompanhamento dos casos. Os dados foram coletados no período de agosto a novembro de 2015 e analisados utilizando técnicas estatísticas descritivas.
Resultados A maioria (82,4%) era do sexo masculino e da faixa etária de 23–39 anos (56,4%). Em relação ao estado civil, 50,6% eram solteiros e 31,8% casados/união estável. Quanto à cor da pele, 45,9% eram pardos . A maioria (70,6%) possuía entre o ensino fundamental I e II. No sistema prisional, 50,6% foram diagnosticados para o HIV. O acompanhamento médico era feito por 84,7% dos entrevistados e 78,8% utilizavam antirretrovirais. A maioria (65,9%) relataram ansiedade e tristeza, 51,8% fraqueza/cansaço e 28,2% hepatite viral e 27,1% tuberculose. Quanto à tuberculose, 67,1% conviveram com doentes na prisão , 44,7% realizaram prova tuberculínica e 12,9% tratamento da infecção latente.
Conclusões/Considerações O estudo mostra que o HIV está presente na população privada de liberdade, sendo prevalente nas pessoas com idade economicamente produtiva, solteiros, pardos e baixa escolaridade. Verifica-se oferta de exames diagnósticos e acompanhamento médico para as PVHIV no âmbito prisional. Pretende-se contribuir com a organização da assistência a esses indivíduos visando qualificar o manejo dos casos com atenção às suas principais queixas e comorbidades.
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