Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC30d - Vulnerabilidades Variadas

27716 - OBESIDADE, SINTOMAS DEPRESSIVOS E VULNERABILIDADE SOCIAL NA REGIÃO CENTRAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
LUISA VACHIAVEO ALBERTINO - FCMSCSP, DANIELLE BIVANCO-LIMA - FCMSCSP, MANOEL CARLOS SAMPAIO DE ALMEIDA RIBEIRO - FCMSCSP, RITA DE CÁSSIA BARRADAS BARATA - FCMSCSP


Apresentação/Introdução
Obesidade e transtornos depressivos são problemas prevalentes de saúde pública mundialmente e no Brasil. Há associação entre desigualdade social e risco aumentado para obesidade e depressão, com diferentes influências em grupos de vulnerabilidade social diversa.


Objetivos
Avaliar a associação entre obesidade e sintomas depressivos em três grupos sociais: moradores de áreas de baixa vulnerabilidade (MABV), de alta vulnerabilidade (MAAV) e imigrantes bolivianos (IB) na região central do município de São Paulo.


Metodologia
O estudo apresentou corte transversal baseado em inquérito domiciliar (N=1100 indivíduos), sendo entrevistados adultos moradores da região no ano de 2008, selecionados através de sorteio de áreas censitárias com diferentes vulnerabilidades, classificadas através do Index Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e na identificação de imigrantes bolivianos usuários de unidade básica de saúde da região. Foram utilizadas informações auto-relatadas sobre sintomas depressivos, peso e altura. A análise estatística foi realizada através do teste de qui-quadrado e cálculo de razão de prevalência (RP) pelo método de Poisson. O nível de significância estatística foi de 5%.


Resultados
Há maior frequência de obesos entre IB (16,6%) e MAAV (12,7%) (p=0,001), bem como maior frequência de rastreamento positivo para sintomas depressivos (RPSD), sendo a prevalência de 46,4% RPSD entre IB e 40,4% entre MAAV (p<0,0001) comparados aos moradores de áreas de baixa vulnerabilidade. Ambos os sexos apresentaram maior frequência de obesidade em MAAV e entre IB. Os MABV do sexo masculino apresentaram menor frequência de RPSD (25,9%) comparados com homens MAAV (46,7%) e IB (57,8%) (p<0,0001). Na análise estratificada entre diferentes grupos de vulnerabilidade, há associação entre RPSD e obesidade em MABV (razão de prevalência 2,33; CI 95% 1,15-4,72), porém sem associação entre MAAV ou IB.


Conclusões/Considerações
Indivíduos moradores de áreas de maior vulnerabilidade e imigrantes bolivianos apresentam maior frequência de obesidade e rastreamento positivo para sintomas depressivos comparados aos moradores de áreas de baixa vulnerabilidade. A associação entre obesidade e sintomas depressivos ocorre apenas entre indivíduos que vivem em áreas de baixa vulnerabilidade, demonstrando a importância do estudo de determinantes sociais do processo saúde-doença.

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