Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC30d - Vulnerabilidades Variadas

21594 - SAÚDE COLETIVA E FILOSOFIA: AS REFLEXÕES DE HANNAH ARENDT E O DEBATE DE HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE.
YURI NISHIJIMA AZEREDO - FMUSP, LILIA BLIMA SCHRAIBER - FMUSP


Apresentação/Introdução
O tema da humanização dos serviços e das práticas de saúde vem sendo objeto atualmente de várias elaborações e publicações no campo da saúde coletiva em virtude da sua importância para constituição de práticas e serviços fundamentados no cuidado. No entanto, a polissemia de seu uso ocasiona confusões e obstaculiza o debate e sua prática.


Objetivos
Esse estudo teve dois objetivos principais. Analisar o termo ‘humanização’, sua utilização e conceitos que o embasam, dentro da produção do campo da saúde coletiva. Em seguida, discutir termo humanização através da filosofia de Hannah Arendt.


Metodologia
Optou-se pela metodologia de vertente qualitativa, sendo que o empírico se constituiu de 98 artigos publicados e selecionados a partir de levantamento nas bases de dados LILACS e SCIELO, por meio do unitermo ‘serviço de saúde’ em cruzamento com ‘violência’, ‘humanização’ e ‘desumanização’; e do unitermo ‘trabalho em saúde’ igualmente com ‘violência’, ‘humanização’ e ‘desumanização’. Além desses, buscou-se o unitermo ‘encontro clínico’ em separado. A discussão acerca desse empírico através dos conceitos arendtianos fundamentou-se principalmente na ideia de ‘fusão de horizontes’ presente na hermenêutica de Hans-Georg Gadamer.


Resultados
A maior parte das publicações (64%) encara a humanização mais como um mote, uma bandeira levantada pelos movimentos sociais, do que uma abordagem conceitual sobre o tema. Privilegiam (71%) um desenho empírico do que ensaio teórico e compõem-se de entrevistas de profissionais (36%).
As publicações se preocupam muito mais sobre o que os profissionais acham da humanização e como a percebem, além de apresentar experiências humanizadas dos serviços, do que delimitar conceitualmente como os pesquisadores entendem e pensam a humanização, surgindo o termo com indistinções relativamente ao conceito de humano ou humanidades.



Conclusões/Considerações
Propõe-se um conceito de humanização que leve em conta a história do termo e as mudanças das práticas de saúde. A leitura da humanização através dos conceitos arendtianos visa estabelecer importantes distinções conceituais, como a diferença entre poder e violência, autoridade e autoritarismo, além de encontrar um sentido do passado nas mudanças do presente através do conceito de tradição.

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