Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC30c - Comunidades Tradicionais, Migrantes e outros segmentos populacionais

27840 - COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA E PERFIL DE SAÚDE DE MULHERES DE UMA COMUNIDADES QUILOMBOLA DO ESTADO DO TOCANTINS
ELIANE PATRICIA LINO PEREIRA FRANCHI - UFT, MARIANA TOCANTINS ALVIM - UFT, VALDIR FRANCISCO ODORIZZI - UFT


Apresentação/Introdução
Este estudo aborda a problemática do câncer do colo do útero em mulheres quilombolas.No estado do Tocantins, ao contrário do que ocorre em outros estados, a ocorrência de câncer de colo de útero é superior do que a de câncer de mama. Essa epidemiologia pode se agravar quando associamos a precária situação e acesso à saúde vivenciada por populações quilombolas do estado do Tocantins.


Objetivos
Verificar a vulnerabilidade da população feminina de uma comunidade quilombola do estado do Tocantins ao câncer de colo de útero.


Metodologia
No início do mês de abril de 2017 foram realizadas coletas de dados socioeconômicos e de saúde, e realizado a colpocitologia oncótica, mais conhecido como exame de papanicolau, em mulheres residentes da comunidade quilombola da Barra do Aroeira, município de Santa Tereza - TO. Foram incluídas apenas mulheres maiores de 18 anos.


Resultados
Participaram 72 mulheres entre 18 e 83 anos, mediana de 41 anos, maioria preta ou parda (n=60/83%); casadas ou em união estável (n=46/63,8%); 5(6,94%) analfabetas e 37 (51,3%) não completaram o ensino médio; a produção rural é a principal atividade (n=35/48,6%). A média de gestações foi de 4,11 (±3,18), sendo maioria parto normal (3,33 ±3,18). Quanto a realização do preventivo, 9 (9,72%) mulheres relataram nunca ter feito, e 29 (40,3%) realizaram o último exame >2 anos; 21,5% relataram não saber do resultado anterior do preventivo. Os resultados foram negativos para células neoplásicas em 63 (87,5%) mulheres e apresentaram alterações pré-cancerígenas (NIC I e NIC II) em 9 (12,5%) mulheres.


Conclusões/Considerações
Os resultados demonstram a ocorrência de alterações na colpocitologia de mulheres quilombolas, assim como uma alta vulnerabilidade dessa população ao câncer de colo de útero, remetendo a necessidade de programas e ações de saúde à essas populações.

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