28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC30c - Comunidades Tradicionais, Migrantes e outros segmentos populacionais |
25846 - FORMAÇÃO SOBRE HANSENÍASE NAS COMUNIDADES TRADICIONAIS E TERREIROS EM ÁREA HIPERENDÊMICA DO NORDESTE BRASILEIRO ROSA MARIA DUARTE VELOSO - UFC, OLÍVIA DIAS DE ARAÚJO - UFPI, JOELMA MARIA COSTA - UFPI, JONAS ALVES CARDOSO - UFPI, REAGAN NZUNDU BOIGNY - UFC, JAQUELINE CARACAS BARBOSA - UFC
Período de Realização A atividade realizada no dia 19/07/2017 no auditório da Escola Fazendária do Centro Administrativo.
Objeto da Experiência Formação sobre hanseníase nas comunidades tradicionais e terreiros do Piauí.
Objetivos Relatar a experiência de atividade realizada com comunidades tradicionais e terreiros de Teresina coordenada pelo Morhan em parceria com universidades e Ministério da Saúde respeitando os saberes tradicionais para que se tornem agentes multiplicadores na identificação e tratamento da hanseníase.
Metodologia Inicialmente foi esclarecido quais seriam os objetivos a serem alcançados no grupo, seguido de exposição temática com slides e por último realizou-se uma roda de conversa sobre hanseníase com Babalorixás e Yalorixás conduzida por uma professora universitária priorizando o diálogo respeitoso entre os saberes. Participaram 20 pessoas sendo 12 pais e mães de santo da região metropolitana de Teresina, seguido de estudantes da pós-graduação, membros do Morhan, representante do ministério da saúde.
Resultados Foi um momento de troca de saberes, construção de conhecimentos e esclarecimento de dúvidas que surgiram no decorrer da apresentação. A linguagem clara e acessível facilitou a compreensão sobre o agente etiológico, transmissão, prevenção, sinais e sintomas, tratamento além de outras informações sobre a patologia. Foi relatado casos de pessoas sem diagnóstico que buscam ajuda nos terreiros. Debateu-se como os pais de santo podem auxiliar seus adeptos sem abandonar o tratamento convencional.
Análise Crítica A construção desta atividade foi um grande desafio. As apresentações foram atrativas e de fácil compreensão para os presentes que possuíam diferentes níveis de escolaridade. Foi sugerida por um dos participantes a tradução de alguns termos para a língua Iorubá utilizada com frequência pelos pais e mães de santo. Durante a roda de conversa alguns participantes se mostraram insatisfeitos com o local escolhido para a formação continuada sugerindo que o encontro deveria acontecer em um terreiro.
Conclusões e/ou Recomendações Os resultados obtidos foram satisfatórios. A receptividade dos pais e mães de santo contribuíram para a construção de conhecimentos de forma prazerosa através da partilha de saberes, conhecimentos e experiências. Espera-se que os pais de santo coloquem em prática os conhecimentos adquiridos sobre a doença e que a universidade continue sensível e estimulada a realizar atividades educativas próprias para minorias.
|