27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC30b - Pessoas em situação de rua |
24422 - OCUPANDO PRAÇAS, CORAÇÕES E MENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CUIDADO COMPARTILHADO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RUA SÔNIA MARIA DANTAS BERGER - PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO EM SAÚDE DO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- UFF, ELIZABETH CLARKSON - PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE E SOCIEDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA UFF, MARLENE MERINO - DOUTORA EM CIÊNCIA DA NUTRIÇÃO -INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA UFF, CARLA VALÉRIO CARDOSO - TÉCNICA-ADMINISTRATIVA DA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO/ ESCOLA DE EXTENSÃO DA UFF, PAULA KWAMME LATGÉ - LATGE, P. K., RANULFO CAVALARI NETO - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E MESTRANDO EM SAÚDE COLETIVA DA UFF, ANA FRANCESCHINA DE CASTRO CIAMBARELLA - ALUNA DO CURSO DE MEDICINA DA UF, DANYELLA PEREIRA DA COSTA - ALUNA DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UF, JOANA MANSUR DE SOUZA - – ALUNA DE PSICOLOGIA DA UFF E ESTAGIÁRIA DE DA ERIJAD/ PMN, LUCAS CAETANO DE OLIVEIRA - ALUNO DO CURSO DE MEDICINA DA UFF
Período de Realização O 1º OCUPA PRAÇA, que originou o projeto institucionalizado em abr/ 2017, foi em dez/2016( em curso).
Objeto da Experiência Cuidado integral de crianças e adolescentes em situação de rua por meio de ações que articulem Universidade, redes de proteção, saúde e sociedade.
Objetivos Desenvolver ações de sensibilização no território em parceria com rede de atenção psicossocial;tecer redes de cuidado inclusivas para crianças e adolescentes em situação de rua e/ou uso de drogas;ampliar a vinculação e acesso aos serviços;qualificar o debate sobre políticas públicas/direitos humanos.
Metodologia Por meio de atividades em praças (Ocupa Praça) busca fortalecer vínculos entre crianças e cuidadorxs. Com direito a piquenique, oficinas de bambolê, dança, circo, produz outros modos de interagir com esses “atores mirins”, enquanto crianças e adolescentes que são. Participam alunxs de Psicologia e Medicina, mestrando, docentes e técnicas da Saúde Coletiva, profissionais de saúde e da assistência social. São realizados ainda grupos de estudo mensais, reuniões de avaliação e planejamento conjunto.
Resultados Para além da praça, houve acesso e vinculação das crianças ao Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil para banho, alimentação e descanso. A ampliação do cuidado no CAPSi, antes mais voltado para crianças autistas e psicóticas, facilitou o acesso aos demais serviços da rede. No âmbito político, resultou em audiência pública sobre direitos da população em situação de rua. A imersão no estudo colaborou para discussão das situações-problema e desenho de projetos terapêuticos diferenciados.
Análise Crítica O “Ocupa Praça” traz a proposta de uma nova forma de ocupação da cidade. De se abrir espaço físico e de reflexão sobre práticas e políticas excludentes que atingem uma população já tão discriminada e refém de múltiplas violências. Pouco a pouco vem se constituindo como uma ação de resistência ao movimento de recolhimento e internação compulsória, uma afirmação do trabalho intersetorial no território que, para além dos espaços administrativos, aposta na perspectiva de uma clínica ampliada.
Conclusões e/ou Recomendações Ações respaldadas pela extensão universitária legitimaram o trabalho desenvolvido por diferentes equipes e movimentos da rede. A tríade ensino-pesquisa-extensão, a intersetorialidade das ações e a interdisciplinaridade foram fortalezas do projeto. É necessário romper o isolamento institucional dos dispositivos da saúde mental e sensibilizar os moradores no território para promoção do cuidado integral de crianças e adolescentes em situação de rua.
|