Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC30a - Vulnerabilidades Variadas

25093 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE E PROSTITUIÇÃO: UMA ANÁLISE DE MATERIAIS EDUCATIVOS PRODUZIDOS PELOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO SUL FLUMINENSE
ROZANA - UNIFOA, DANIELE - UNIFOA


Apresentação/Introdução
Estudos apontam que muitos profissionais do sexo se sentem discriminados pelos profissionais de saúde, outros nem conhecem os serviços de saúde a que têm direito. Ações de educação em saúde, através de materiais educativos e informativos, podem promover uma mudança nesse quadro de inacessibilidade aos serviços e aos programas de saúde.


Objetivos
Identificar e analisar materiais educativos, destinados ao público de prostitutas/os, produzidos pelo Ministério da Saúde e por cinco municípios da região Sul Fluminense (Volta Redonda, Barra Mansa, Barra do Piraí, Resende e Angra dos Reis).


Metodologia
Pesquisa com abordagem qualitativa, na qual a análise documental serviu como técnica de coleta de dados. Foram analisados materiais educativos e informativos das campanhas do Ministério da Saúde, direcionados às pessoas que praticam prostituição; buscando, junto às Secretarias Municipais de Saúde; e os materiais educativos e informativos próprios que continham algum conteúdo voltado para a saúde de prostitutas/os.


Resultados
Prostitutas/os são mais suscetíveis ao preconceito devido à representação social que está vinculada a sua conduta social. Ainda persiste a imagem da prostituta associada à transmissão de infecções sexualmente transmissíveis, ao uso de drogas e a violência, em virtude do comportamento sexual assumido, considerado pervertido e relacionado ao desvio do modelo padrão de comportamento moralista. Essa representação aliada à falta de conhecimento dos órgãos governamentais sobre a realidade vivida por essas pessoas “encobre” a cidadania e a condição de trabalhadoras destas, contribuindo para a pouca atenção do Estado na formulação e adequação de ações de atenção à saúde direcionadas a esse público.


Conclusões/Considerações
Constatou-se que os municípios não ofertam nenhum material de educação em saúde com conteúdo direcionado às pessoas que praticam a prostituição. A ausência de dados é um elemento importante para a análise feita, destacando-se a necessidade de se debater o direito à saúde e à produção de ações, principalmente, de promoção e prevenção no campo dos direitos sexuais e reprodutivos.

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