Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC30a - Vulnerabilidades Variadas

23470 - "ESTOU INDETECTÁVEL": PERCEPÇÕES E SIGNIFICADOS DO CONTROLE VIRAL ÓTIMO PARA PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS.
PATRICIA ROCHA DE FIGUEREDO - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, JOSÉ RICARDO DE CARVALHO MESQUITA AYRES - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


Apresentação/Introdução
Sabe-se hoje que pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA) em tratamento adequado e que por isso alcançam a indetectabilidade da carga viral não apresentam risco de transmissão sexual do vírus HIV. O presente estudo investiga os impactos dessas novas evidências na vida cotidiana dessas pessoas, em especial nos aspectos afetivo e sexual.


Objetivos
O objetivo desse estudo é investigar o significado de estar indetectável para as pessoas que vivem com HIV/Aids em seu cotidiano, com atenção às questões afetivo-sexuais, à luz das evidências de impossibilidade de transmissão sexual nesse contexto.


Metodologia
A pesquisa segue os pressupostos da investigação qualitativa, pois busca compreender os significados de uma vivência. Apoia-se na hermenêutica filosófica de Gadamer, segundo a qual a realidade a que temos acesso é sempre linguística e condicionada à interpretação. Essa perspectiva entende que o encontro entre os sujeitos pesquisador e pesquisado é mais bem definido como um diálogo, em que o significado dos “achados” emerge de uma “co-produção”. A técnica escolhida para tanto é a de entrevistas semi-estruturadas, para que o entrevistado discorra sobre o tema, com pacientes do Centro de Referência em Treinamento DST/Aids de São Paulo que estejam indetectáveis há pelo menos 6 meses.


Resultados
O estudo está em curso. Os achados preliminares relacionam-se a duas categorias: como percebem a linguagem biomédica, explorando o que entendem por estar indetectável e como o dado aparece em suas vidas cotidianas; e possibilidades de impacto nas vidas afetiva e sexual. A indetectabilidade aparece com um sentido de “estar bem” mas também como dependência de tratamento contínuo e suas dificuldades. Como impacto no cotidiano pode-se perceber que a indetectabilidade é utilizada como prevenção, no sentido de se abdicar do uso do preservativo, para “acalmar” o parceiro eventual em caso de acidente, mas também, principalmente para os mais jovens, como novas possibilidades de viver a sexualidade.



Conclusões/Considerações
É possível que estejamos vivendo uma mudança de paradigma na história da epidemia de HIV em tempos de indetectável = intransmissível (I = I). A maneira como se lida com a transmissão do HIV está se transformando para o campo da saúde e para as PVHA. A radicalidade que o I = I coloca pode contribuir para avanços nas questões relacionadas ao direito sexual e reprodutivo das PVHA bem como explicitar formas contemporâneas de lidar com o risco.

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