28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO30d - Pessoas vivendo com hiv/aids |
27397 - RASTREAMENTO DO HIV E SÍFILIS EM TRABALHADORES DO SEXO E CORRELATOS: O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM UMA POPULAÇÃO VULNERÁVEL. ARIELE FREITAS DE OLIVEIRA - SMS, ANA AMÉLIA NASCIMENTO DA SILVA BONES - UFCSPA E SMS, TALES VICENTE SCHEIDE - UFCSPA, GUSTAVO VARGAS - SMS, VINICIUS AUGUSTO DUARTE LUZZI - SMS, AIRTON TETELBOM STEIN - UFCSPA
Período de Realização Entre novembro/2017 e dezembro/2017.
Objeto da Experiência Ampliação do acesso ao Teste Rápido (TR) de HIV/ Sífilis a trabalhadores do sexo ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS) de Porto Alegre.
Objetivos Avaliar a prática do TR itinerante para HIV/ Sífilis ofertado para trabalhadores do sexo e correlatos por equipe multiprofissional da Unidade de Saúde da Família (USF) da região central de Porto Alegre.
Metodologia Estudo transversal, com componentes descritivos e analíticos, desenvolvido por meio da abordagem de série temporal. Os componentes foram detalhados segundo variáveis selecionadas e aplicadas nos usuários envolvidos nas ações da USF em trabalhadores do sexo e correlatos em dois momentos distintos, incluindo intervenções no turno da noite, no local de prostituição. Foi ofertado tratamento oportuno Penicilina G Benzatina nos casos de Sífilis reagente e pedido CD4/ carga viral para os HIV reagente.
Resultados Foram realizados 49 TR na população presente no local de trabalho da população estudada. Desses, 15 testes resultaram reagentes para Sífilis (30,6%), com 2 positivos para HIV (4,1%). Não houve casos de coinfecção. Todos usuários com TR positivos foram diagnósticos novos e foi o primeiro acesso com a equipe USF. Perfil epidemiológico foi 41 mulheres (sendo 2 (4,9%) gestantes, 4 (9,7%) transexuais, 1 HIV e 13 sífilis) e 8 homens (sendo 1 HIV e 2 sífilis).
Análise Crítica Dados do Boletim Epidemiológico municipal de Sífilis 2017 apontam Porto Alegre com 0,12% (120 casos/100.000 habitantes), mas encontramos uma incidência alta de 30,6% e ainda que estes pacientes não haviam acessado o serviço de APS do município conforme registro dos prontuários eletrônicos. As ações do TR itinerantes foram possíveis em razão do vínculo dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que pactuaram para intervenção ser discreta perante os clientes e a elucidação do projeto semanas antes dos eventos.
Conclusões e/ou Recomendações A característica de ofertar o TR aos trabalhadores do sexo no seu local de trabalho, em horários mais flexíveis, como à noite, mostrou-se como uma oportunidade de ampliar o acesso à APS, incluindo o diagnóstico e o tratamento oportuno a IST, conforme o esperado pela Meta 90-90-90. A APS pode realizar planejamento de ações integradas na linha de cuidado de populações-chaves, como os trabalhadores do sexo, tendo que se adequar as particularidades.
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