28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO30d - Pessoas vivendo com hiv/aids |
22595 - OS CONGRESSOS BRASILEIROS DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE DA ABRASCO: O QUE SE PRODUZ SOBRE AS POPULAÇÕES LGBT NO CAMPO DA AIDS? RENATO BARBOZA - INSTITUTO DE SAÚDE - SES/SP E UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ALESSANDRO SOARES DA SILVA - INSTITUTO DE PSICOLOGIA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, OLGA SOFIA FABERGÉ ALVES - INSTITUTO BUTANTAN - SES/SP, AUREA MARIA ZÖLLNER IANNI - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Apresentação/Introdução Nas últimas décadas, não obstante a incorporação de estudos sobre temas emergentes como a aids e recentemente sobre as populações LGBT no campo da Saúde Coletiva, a avaliação da produção científica no subcampo das Ciências Sociais e Humanas em Saúde sobre esses temas ainda é exígua.
Objetivos Analisar a produção científica dos Congressos Brasileiros de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CBCSHS), promovidos pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) no que concerne às populações LGBT no campo da aids.
Metodologia Estudo exploratório, descritivo de abordagem quantitativa, baseado nos anais das seis edições dos CBCSHS, realizados pela Abrasco entre 1995 e 2013. Os resumos foram selecionados após a leitura e busca por palavras-chave nos anais impressos e digitais. O universo analisado totalizou 9.378 resumos, compilados após seleção rigorosa em banco de dados em planilha Excel, segundo as variáveis: congresso, instituição (Universidade, Secretaria ou Serviço de Saúde e ONG), macrorregião, tipo de relato (pesquisa ou experiência), metodologia, modalidade de apresentação, tema e/ou objeto e população alvo. Os dados foram submetidos à análise descritiva, baseada em frequências absolutas e relativas.
Resultados Encontrados 364 resumos sobre aids (3,9%), sendo 26(7,1%) de LGBT, sobretudo gays (65,4%), seguido de travestis/transexuais (26,9%) e lésbicas (7,7%). Majoritariamente, conduzidos por Universidades (72%) e ONGs (16%). Não foram aferidos resumos de Secretarias/Serviços, entretanto, 12% referiram parcerias. 92% da produção referem-se as últimas 3 edições. Houve predomínio do NE e SE, 50% e 45%. As pesquisas perfizeram 84%, baseadas em metodologias qualitativas (71,4%), contra 16% de relatos de experiências. Os temas abordaram: acesso à saúde(6); percepção de risco(6); estigma(4); representações sociais(4); avaliação de ações governamentais(2); ativismo trans(2); e produção de conhecimento(1).
Conclusões/Considerações Não obstante a presença do tema aids na produção dos Congressos Brasileiros de Ciências Sociais e Humanas em Saúde promovidos pela Abrasco, os achados evidenciam o exíguo número de estudos e relatos de experiências voltados às populações LGBT. Chama a atenção, a invisibilidade de pesquisas e intervenções sobre os direitos sexuais e direitos reprodutivos, temas fundamentais para a redução das vulnerabilidades dos segmentos LGBT no campo da aids.
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