27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO30c - Pessoas em Situação de Rua |
21572 - CONDIÇÕES DE VULNERABILIDADE E SAÚDE – UM ESTUDO DO ESTADO ESPÍRITO SANTO RHAVENA BARBOSA DOS SANTOS - IRR, JÚLIA ALVES MENEZES - ENSP, CARINA MARGONARI DE SOUZA - IRR, ISABELA DUVAL - IRR, POLIANA GARCIA - IRR, ULISSES E. CAVALCANTI CONFALONIERI - IRR
Apresentação/Introdução A saúde de uma população é influenciada por uma série de determinantes socioambientais, esses podem ser alterados por meio de ações baseadas no conhecimento da realidade. Neste sentido, estudos que avaliam a vulnerabilidade da população são importantes, pois permitem conhecer condições ambientais, do clima, socioeconômicas e identificar pontos críticos que podem influenciar negativamente à saúde.
Objetivos Aplicar um índice de vulnerabilidade á mudança do clima em todo o estado do Espírito Santo e identificar condições socioeconômicas, de infraestrutura, serviços e de clima futuro que elevam a vulnerabilidade e podem impactar na saúde da população.
Metodologia O Índice Municipal de Vulnerabilidade à Mudança do Clima (IMV) aplicado nesta pesquisa é constituído por índices que expressam a sensibilidade, exposição e capacidade adaptativa da população à mudança do clima (MC). Seus indicadores contêm dados ambientais, econômicos, de cenários climáticos futuros e de doenças infecciosas associadas ao clima. Além disso, avaliam a existência de instituições e serviços que auxiliam a população a lidar com os impactos destas mudanças. O índice foi aplicado em 2016 em todo o estado do Espírito Santo; varia de 0 a 1, sendo valores mais próximos a 1 indicativos de maior vulnerabilidade.
Resultados Por meio da análise do IMV e seus componentes verificou-se que a microrregião Noroeste do estado (MRN) possui vulnerabilidade elevada para Dengue. Além disso, os cenários climáticos futuros indicam aumento da temperatura máxima e mínima média, o que pode favorecer a proliferação de vetores. Os componentes de sensibilidade e capacidade adaptativa também apresentaram desempenho ruim para a MRN, principalmente devido ao alto percentual de população sensível a alteração do clima (deficientes, mulheres, chefe de família sem instrução), à pobreza elevada e às poucas instituições, serviços e infraestrutura que auxiliam no aumento da resiliência da população (defesa civil, bombeiros).
Conclusões/Considerações A utilização do IMV proporciona uma melhor visão das vulnerabilidades subjacentes vivenciadas na MRN. Ambientes de discussão entre governantes e sociedade civil podem fazer uso dessa análise para o estabelecimento de troca de informações e implantação de ações focadas nos pontos críticos identificados. Assim é possível aumentar a resiliência e diminuir os impactos da MC por meio de políticas públicas adequadas e incremento da participação popular.
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