Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO30a - Estigma e Confinamento

27642 - HANSENÍASE E LEPRA: PERMANECE O MEDO E A REJEIÇÃO
TANIA MARIA DE ARAUJO - UFES


Apresentação/Introdução
Parte-se de concepções sociais em torno da hanseníase durante parte do século XX, então denominada “lepra”, quando a doença era associada à metáfora do medo e da rejeição. Porém, discute-se em que medida a trajetória de avanços científicos com relação ao seu tratamento e prognóstico foi capaz de liquidar tais metáforas. Estudo integra pesquisa junto ao Programa de Pós Graduação em História - UFES.


Objetivos
Identificar associações conferidas à “lepra” e percepções contemporâneas sobre a hanseníase.


Metodologia
Abordagem metodológica que considera “micro” para compreensão de um tema de extensa temporalidade e diversidade espacial como é o caso da hanseníase/lepra, seu controle e presença no imaginário coletivo. Foram utilizadas fontes documentais e bibliográficas, além de depoimentos de pessoas afetadas pelo isolamento compulsório no ES. Os entrevistados permitiram a gravação dos depoimentos e o sigilo foi preservado com a adoção de nomes fictícios. Utilizou-se estudos científicos em áreas disciplinares distintas para identificar representações sociais de enfermos com relação à doença na atualidade, ou seja, por aquelas pessoas cujo diagnóstico foi hanseníase e não "lepra".


Resultados
Como quem encarna um grande mal, o doente de “lepra” percebia a rejeição que despertava. O acesso aos locais públicos, como comércio e escolas era vetado. Reconhecida como uma estratégia na eliminação do estigma, a adoção do termo hanseníase e seus derivados, bem como as perspectivas diferentes para o tratamento, não representou a superação das representações sociais atribuídas à "lepra". Pessoas com o diagnóstico de hanseníase expressam sentimentos de medo, rejeição e negação da doença. O estigma da doença ainda persiste e consiste num entrave para que as pessoas procurem pelo atendimento na fase inicial da doença.


Conclusões/Considerações
A longa trajetória de avanços científicos com relação ao tratamento e prognóstico da hanseníase não foi capaz de liquidar metáforas do medo, rejeição, fracasso, tristeza e humilhação associadas à “lepra”, demonstrando a força da trajetória histórica da doença e o esforço ainda necessário para romper com tais associações muitas vezes cruéis e limitadoras para aqueles que experimentam a doença.

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