28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO5c - Métodos computadorizados de atenção à saúde |
21225 - OFICINAS DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA VIA COMPUTADOR E A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ANA CLÁUDIA BONILHA - UNIFESP, ANA PAULA MARTINS VICENTIN - UNIFESP, LUIZ ROBERTO RAMOS - UNIFESP
Apresentação/Introdução O envelhecimento populacional é observado no mundo todo. Junto com ele, as novas tecnologias avançam em grande velocidade. Computadores antes distantes da população idosa, começam a despertar o interesse e curiosidade. As tecnologias passam, então, a ser utilizadas com a finalidade de inclusão social, ferramentas de estimulação cognitiva e de manutenção na qualidade de vida dessa população.
Objetivos Avaliar os impactos da estratégia de estimulação cognitiva, via computador, em idosos com ou sem comprometimento cognitivo leve (CCL), com CDR 0 e 0,5, e o impacto em sua qualidade de vida.
Metodologia Trata-se de um estudo de intervenção controlado e randomizado, alinhado a um estudo de coorte populacional, realizado em uma Unidade de Atenção Primária no complexo assistencial Hospital Universitário/EPM, na Vila Clementino, São Paulo, com caráter quantitativo e qualitativo. Foi utilizado o instrumento WHOQOL-Bref para mensurar a qualidade de vida e, questões semiestruturadas que geraram categorias, tendo como técnica a análise temática proposta por Minayo (2010). Para a análise estatística foi utilizado o software SPSS versão 21. A amostra foi composta por 92 idosos: 38 do grupo intervenção e 54 do grupo controle. Foram realizadas 34 oficinas de informática com 1 hora e vinte minutos cada.
Resultados A maioria dos idosos eram do sexo feminino (81,5%), com média de 75,5 (±7,3) anos de idade e, 48% estudaram até o 1ºgrau. Os resultados demonstraram um aumento significativo na qualidade de vida dos idosos que participaram do grupo intervenção. A média global do questionário referente ao pós-teste foi de 16,14 (±1,5) para o grupo intervenção, ficando acima da média inicial no pré-teste de 14,63 (±1,5) e, acima da média do grupo controle que pontuou 14,47 (±1,6) no pós-teste. Através da análise das categorias, os idosos relataram ganhar autonomia, confiança, melhora da memória, aumento da rede social e, inclusão a “era digital”, aprendendo a lidar com novas tecnologias.
Conclusões/Considerações O presente estudo demonstrou a efetividade das oficinas de estimulação cognitiva via computador como uma ferramenta de manutenção e melhoria de qualidade de vida, pois está diretamente relacionada ao grau de satisfação, autonomia, independência e novos papéis sociais, além de proporcionar um envelhecimento ativo. Outro ganho foi a aprendizagem de novos conteúdos e a inserção social dos idosos.
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