27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO5b - Novas tecnologias em saúde |
27848 - POLÍTICAS DE SAÚDE PARA O DIAGNOSTICO PRECOCE DE CARDIOPATIA CONGÊNITA LUCIANA RODRIGUES DE ALMEIDA FIGUEIREDO - INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA, CATHERINE MEREJO PENA - INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA, ROSE FRAJTAG - INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA, SUZANA ALVES DA SILVA - INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA, HELENA CRAMER VEIGA REY - INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA
Apresentação/Introdução As malformações congênitas estão entre as principais causas de morte na primeira infância, sendo a cardiopatia congênita (CC) a de maior morbimortalidade. O Brasil registra 2,8 milhões de nascidos vivos ao ano e estima-se assim quase 29 mil novos casos anuais de CC. Entretanto, no SUS as CCs são subdiagnosticadas, sendo perdida a possibilidade de intervir precocemente e salvar a vida do neonato.
Objetivos Avaliar as opções para diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas e apresentar quais ferramentas são custo-efetivas para o SUS, através de revisão sistemática da literatura científica relacionada, com o objetivo de formulação de políticas de saúde.
Metodologia Conforme modelo da Rede de Políticas Informadas por Evidências (Evidence-Informed Policy Network)-EVIPNet, foi realizada uma revisão sistemática visando avaliar a eficácia das opções de triagem pré-natal e neonatal para o diagnóstico precoce da cardiopatia congênita no repositório Medline e nas bases de dados Cochrane Library e Health Evidence. A seleção dos artigos foi realizada por dois revisores independentes, sendo incluídas somente revisões sistemáticas, diretrizes de prática clínica e avaliações de tecnologia em saúde. Em seguida, foram avaliadas questões relacionados à equidade e à implementação das opções.
Resultados Foram identificados 860 artigos, dos quais 77 atenderam aos critérios de inclusão e foram para a fase de leitura completa, sendo 54 excluídos e 16 selecionados para a extração de dados. Foram identificadas quatro opções para diagnostico precoce da CC: ultrassonografia fetal e ecocardiograma fetal (sensibilidade em torno 50,0 % e especificidade e 99,9%), teste do coraçãozinho (oximetria de pulso-OP – sensibilidade 75% e especificidade e 99,9%), exame clínico do recém-nascido (62,5% e 98,1% respectivamente) e ecocardiograma do recém-nascido (sensibilidade de 68% e especificidade de 95%).
Conclusões/Considerações A OP é mais efetiva que o exame clínico (EC) na identificação de neonatos com CCs críticas (CCC), além de mais precisa e muito menos cara que a triagem através do ECO neonatal. Contudo, a realização da OP não descarta a necessidade do EC minucioso. A OP associada ao EC representa uma forte possibilidade para a triagem de CCC. Deve ser garantido acesso ao ECO neonatal, o qual deverá ser realizado dentro de 24 horas após resultado positivo à OP.
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