29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC22i - Promoção da Saúde e Vigilância em Saúde do Trabalhador |
23092 - CRÔNICIDADE E VULNERABILIDADE NA VOLTA AO AMBIENTE DE TRABALHO APÓS O CÂNCER DE MAMA JAMILLE BAULTAR COSTA - ISC/UFBA, MÔNICA ANGELIM GOMES DE LIMA - FAMEB/UFBA
Apresentação/Introdução Nas últimas décadas tem-se presenciado transformações acerca das concepções do retorno ao trabalho (RT) de pacientes com cancer de mama. O RT é um evento importante para reintegração social de sujeitos que passam vivenciar uma doença que impõem estigmas e incertezas aos seus portadores e que são vivenciadas nas varias dimensões da vida do adoecido e no seu entorno inclusive nos ambientes laborais
Objetivos o objetivo deste trabalho reside em identificar estudos que abordem o experiências de retorno ao trabalho após o câncer de mama e quais os significados, para estas mulheres de conviver com o câncer, agora como uma doença crônica de longa duração.
Metodologia Foi realizada uma revisão integrativa que teve como estratégia de pesquisa a busca nas seguintes nas bases de dados: ASSIA, BIREME, CINAHL, EMBASE, PSICO INFO, SCOPUS, WEB OF SCIENCE. Foram usados como descritores os termos “breast cancer” combinado pelo operador boleano “AND” com o termo “return to work”. Como estratégia de busca nas bases de dados foram selecionados apenas artigos originais completos, publicados em inglês, revisados por pares, em revistas no período janeiro de 1999 a janeiro de 2015 com o objetivo de identificar estudos que abordassem como era para estas mulheres no retorno ao trabalho conviver com o câncer de mama, como uma doença crônica de longa duração.
Resultados As mulheres se sentem vulneráveis, mas capazes de trabalhar tendo significado o apoio do local de trabalho, como forma de reconhecer a vulnerabilidade individual (Fantoni et al., 2010; Tighe et al., 2011; Blinder et al., 2012; Tan et al., 2012). A vulnerabilidade social esteve ligada à miséria estrutural, agravada pela crise econômica que lança o trabalhador ao subemprego (Sanchez; Ferreira, 2012). Em empregos estáveis, Baultar-Costa (2017), identificou que a vulnerabilidade no RT das servidoras é mitigada pelas condições próprias do serviço público que muitas vezes são traduzidas num certo “empoderamento” dessas mulheres durante as negociações do RT na instituição
Conclusões/Considerações O estudo observou que mulheres sobreviventes do câncer têm aprendido a conviver com esta enfermidade de longa duração mas que tem sofrido diferentes limiares de vulnerabilização no contexto das relações laborais. Isso porque, além do medo de recidivas e aspectos psicofísicos provocados pela doença, o conviver com as condições impostas pela cronicidade da doença envolve apoio e maior compreensão dos colegas e empregadores nos contextos laborais.
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