Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC22i - Promoção da Saúde e Vigilância em Saúde do Trabalhador

21234 - PRODUÇÃO DE NARRATIVAS NO TRABALHO EM UTI NEONATAL E PEDIÁTRICA(UTIN&P)
CAMILA BUTINHOLLI RANGEL - IPUB-UFRJ, MARIA PAULA CERQUEIRA - IPUB-UFRJ


Apresentação/Introdução
Como Psicóloga das UTI`s n&p de um Hospital Público Municipal, cujo modelo de cuidado é fortemente centrado no discurso médico, os profissionais não articulam narrativamente o sofrimento, o que torna este trabalho penoso, adoecedor e capaz de provocar afastamentos . Acreditamos que a narrativa pode organizar a estrutura da experiência, e trazer para si os eventos da vida dos quais tenta-se afastar/encobrir.


Objetivos
A pesquisa pôde identificar sinais de sofrimento nas narrativas que não são expressos em outros contextos. Através destes estudos obtivemos o resgaste da capacidade narrativa desses profissionais e a transformação do sofrimento solitário em ações compartilhadas.


Metodologia
A revisão de literatura sobre o tema evidenciou que no Brasil há escassez de estudos sobre o conjunto dos profissionais de saúde de uma mesma instituição, para se obter uma caracterização do sofrimento psíquico que abarquem as diferentes categorias profissionais .Na tentativa de construir argumentos que demonstrem a importância de inserirmos novas tecnologias de cuidado(“tecnologias leves”) no trabalho em UTI`s n&p, utilizei-me da Pesquisa Qualitativa por meio de Narrativas, trabalhando com 12 narrativas de profissionais de 07 especialidades distintas, produzidas através de entrevistas semiestruturadas, como técnica de coleta de dados. A análise de conteúdo das narrativas será demonstrada no trabalho final.


Resultados
A produção de narrativas como efeito e resultado da pesquisa:
As narrativas demonstraram como cada profissional identifica sinais de sofrimento, em si mesmos , nos outros, perante a instituição e nos processos de trabalho.
EXEMPLOS: “O estresse é maior quando o paciente fica internado a mais tempo” (S.C)“Eu não sei administrar muito bem essas perdas, eu me acovardo, fujo da notícia e do luto” (S.C) .“A gente não foi preparado para a morte, a morte é um até logo que dói” (T.A).“Tem horas que a gente precisa respirar para não travar, eu já travei muitas vezes, a coluna travou , ainda somatizo um pouco”(D M.)“Eu choro todos os dias quando chego em casa”(A.B.)



Conclusões/Considerações
Acreditamos que a aproximação efetiva do trabalhador com sua narrativa transponha o lugar de dor/desprazer em ações produtoras de vida e saúde, mesmo diante da doença, da morte e do luto. Não podemos afirmar que alguns dos entrevistados estão em sofrimento psíquico mais severo apenas pelas entrevistas, mas podemos fazer um alerta e propor novos trabalhos.

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