29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC22h - Saúde do Trabalhador & Atenção Primária à Saúde 2 |
28929 - PREVALÊNCIA DE FORMAÇÃO NO TRABALHO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO EXTREMO SUL DO RIO GRANDE DO SUL LAINE BERTINETTI ALDRIGUI - UFPEL, SONIA REGINA DA COSTA LAPISCHIES - UFPEL, VANDA MARIA DA ROSA JARDIM - UFPEL, PALOMA SOUSA LORENZATO - UFPEL, MARIANA DIAS DE ALMEIDA - UFPEL, CARLOS DOS SANTOS TREICHEL - UNICAMP, JULLIANI QUEVEDO ROSA - UFPEL, DAIANE DE AQUINO DEMARCO - UFPEL
Apresentação/Introdução Trabalhar com promoção de saúde requer ampliação do olhar para além do binômio saúde – doença. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) detém potencial de um olhar menos técnico sobre os determinantes de saúde da sua comunidade; contudo necessita ser instrumentalizado para tal. É responsabilidade dos municípios qualificar as equipes da Atenção Básica com apoio das instâncias estadual e federal.
Objetivos Identificar a prevalência de participação do ACS em cursos de atualização, assim como sua associação a idade, situação conjugal, ter filhos, tempo de trabalho como ACS e capacitação inicial, no extremo sul do Brasil.
Metodologia Recorte da pesquisa Processo de Trabalho e seus Impactos na Condição de Saúde de Agentes Comunitários de Saúde na Região Sul do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo transversal realizado com 599 ACS, aprovado pelo Comitê de Ética (nº 51684015.1.0000.5316) e realizado no período de março de 2016 a abril de 2017. Para este recorte, utilizou-se como amostra 264 ACS pertencentes a municípios com até 100.000 hab. O desfecho considerou a seguinte questão: Você realiza cursos de atualização? Sim ou Não. Se sim, com que frequência? mensalmente; semestralmente; anualmente; eventualmente; raramente ou outro. Foi investigada a relação do desfecho com dados sociodemográficos dos ACS.
Resultados A amostra avaliada é composta em sua maioria pelo sexo feminino (86,15%), idade entre 19 e 66 anos, média de 37,4 ± 8,8 anos, com companheiro (66%), com filhos (76,25%), atuantes na região urbana (63%), com média de tempo no trabalho de 5,3 ± 4,4 anos, e 90,73% participaram de capacitação quanto começaram a trabalhar como ACS. A prevalência de realização de cursos de atualização foi de 73%, sendo 39% atualizações eventualmente e 37% raramente. Houve associação significativa do desfecho com a idade do ACS (p=0,041), aumentando a prevalência conforme o aumento da idade; e com o tempo de trabalho (p=0,006), com aumento da prevalência com o aumento do tempo de trabalho como ACS.
Conclusões/Considerações A atuação do ACS é impactada positivamente com sua instrumentalização para o trabalho. Identificar que 27% dos ACS não realiza educação continuada ou capacitações assim como 37% dos ACS que participam de educação continuada o fazem raramente, pressupõe limitado investimento pelos gestores na qualificação de seus trabalhadores, em consequência na qualificação da atenção prestada aos usuários dos serviços.
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