Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC22h - Saúde do Trabalhador & Atenção Primária à Saúde 2

22955 - AS AGENTES COMUNITÁRIAS DE SAÚDE NA TRAGETÓRIA ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO: ASPECTOS DA NOVA MORFOLOGIA DO TRABALHO
ANNA VIOLETA RIBEIRO DURÃO - EPSJV/UFF


Apresentação/Introdução
Esse trabalho analisa a inserção das Agentes Comunitárias de Saúde no município do Rio de Janeiro, no momento em que o PSF expande-se para os grandes centros urbanos. Procura-se entender, como a partir de uma experiência construída no feminino, se estabeleceu e foi estabelecido o trabalho comunitário. Destaca-se a participação dessas trabalhadoras na transição entre o “trabalhar fora” e dentro da comunidade.


Objetivos
Esse trabalho busca analisar as relações entre gênero e trabalho comunitário na formação das Agentes Comunitárias de Saúde, com ênfase nas experiências construídas na trajetória de trabalho/ vida dessas mulheres.


Metodologia
Utilizou-se a literatura mais ampla sobre o tema e, principalmente, as entrevistas aprofundadas realizadas com 11 ACS que fizeram parte do Curso Técnico de Agentes Comunitários realizado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Fundamenta-se a análise no pensamento de E. P. Thompson, principalmente, no seu conceito de experiência na busca de entender o protagonismo dessas trabalhadoras na consolidação do seu trabalho. O conceito de experiência, para o autor, é um conceito de junção entre a consciência e a realidade concreta que os homens e as mulheres vivenciam suas múltiplas determinações. Está associado, a um só tempo, à experiência do sujeito e a uma experiência coletiva.


Resultados
Constatou-se que as ACS possuíam uma larga experiência no trabalho assalariado antes de se tornar agentes. Dos seus depoimentos emergiu a categoria empírica “trabalhar fora” e dentro da comunidade, da qual foi possível perceber os limites e tensões que envolve o trabalho quando relacionado ao gênero e a classe. Fez-se notar que a noção de comunidade também trazia consigo uma visão de espaço de violência, onde o “trabalhar fora” era uma tentativa de sair desses territórios e também remetia a luta feminina por maior igualdade. Na volta para o trabalho na comunidade, verificou-se que essas trabalhadoras se inseriram em trabalhos informais, entendidos como extensão das funções da mulher no espaço privado.


Conclusões/Considerações
A inserção das agentes na ESF, apesar de reforçar o seu papel de cuidadora na comunidade, permitiu ir de encontro a rotatividade de trabalhos informais que realizavam anteriormente. Através do seu trabalho construíram laços mais sólidos com a comunidade e uma perspectiva de luta para consolidar a profissão. Em grande medida, devido a categoria ter se constituído no bojo da Reforma Sanitária Brasileira que vislumbrava uma maior participação social no SUS.

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