28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC22g - Política de Saúde do(a) Trabalhador(a) |
26355 - O SISTEMA PRISIONAL NACIONAL E A QUALIDADE DE VIDA DA EQUIPE DE ATENÇÃO À SAÚDE MAYARA LIMA BARBOSA - UNIFACISA/UFRN, TARCIANA NOBRE DE MENEZES - UEPB, SÉRGIO RIBEIRO DOS SANTOS - UFPB, RICARDO ALVES OLINDA - UEPB, GABRIELA MARIA CAVALCANTI COSTA - UEPB
Apresentação/Introdução Atualmente a inserção dos profissionais de saúde no âmbito penitenciário – regulamentada por política nacional – contribui para o respeito ao direito de garantia de assistência à saúde dos apenados. Contudo, a Qualidade de Vida no Trabalho desses profissionais pode sofrer interferência negativa em decorrência da falta de infraestrutura e de demais recursos nas penitenciárias brasileiras.
Objetivos Ao considerar o trabalho como eixo central da vida das pessoas este trabalho objetivou mensurar a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dos profissionais de saúde nas penitenciárias do Estado da Paraíba.
Metodologia Pesquisa exploratória, descritiva e transversal, realizada em cinco penitenciárias, com profissionais de saúde que realizam atenção à saúde dos apenados há no mínimo seis meses, totalizando 29 profissionais de saúde. Para a coleta de dados foi utilizado o questionário TQWL-42, composto por 42 questões, subdivididas em seis esferas: Biológica/Fisiológica, Psicológica/Comportamental, Sociológica/Relacional, Econômica/Política e Ambiental/Organizacional e auto avaliação da QVT. Os resultados obtidos através de estatística descritiva foram classificados em nível neutro (escore 50), satisfatório (escore 50,01 a 100) e insatisfatório (0 a 49,99).
Resultados A avaliação global e a auto avaliação da QVT foram satisfatórias (69,55 e 71,99, respectivamente). A QVT foi maior entre mulheres (71,91), profissionais jovens (76,17), trabalhadores que possuíam ensino superior incompleto (79,77) e aqueles que desempenham suas funções laborais no presídio entre 4 e 6 anos (70,31). Embora todas as esferas tenham apresentado níveis satisfatórios (Biológica/Fisiológica - 74,46, Psicológica/Comportamental - 77,37, Sociológica/Relacional - 67,07, Econômica/Política - 63,38) a esfera ambiental/organizacional (63,05) obteve a mais baixa avaliação.
Conclusões/Considerações Os recursos físicos e profissionais, assim como os processos estabelecidos entre os profissionais interferem nas médias de satisfação entre os profissionais de saúde. Este estudo pode contribuir com a gestão do sistema penitenciário, a fim de fornecer o embasamento para a adequação dos itens com os menores índices de satisfação, a fim de garantir melhor infraestrutura de trabalho e melhores níveis de autonomia profissional.
|