28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC22g - Política de Saúde do(a) Trabalhador(a) |
23667 - CRISE NA SAÚDE MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO E OS MOVIMENTOS DE LUTA DOS TRABALHADORES TARCILA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA, ARY CARVALHO DE MIRANDA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA
Apresentação/Introdução A saúde no município do Rio de Janeiro revelou-se durante anos uma trajetória norteada pelo modelo hospitalar como eixo prioritário das políticas de saúde. Apesar da expansão promovida na Atenção Primária à Saúde (APS) nos últimos anos, recentemente o cenário atual demonstra um contexto de crise política e econômica que tem provocado sérios agravantes no desenvolvimento da política de saúde
Objetivos Refletir sobre os (des) caminhos da atenção primária à saúde no município do Rio de Janeiro.
Metodologia Este resumo é recorte da pesquisa bibliográfica da Dissertação de Mestrado em Saúde Pública ENSP-FIOCRUZ. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e bibliográfica. Como fonte de informação, foi utilizado artigos e dissertações do banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) de 2013 a 2017 com os seguintes descritores: Estratégia de saúde da família, Atenção Primária à Saúde, municipio do Rio de Janeiro. Como critério de seleção foram realizadas leituras dos resumos e escolhidos os que continham a análise histórica e política do desenvolvimento da Estratégia de Saúde da Família no município do Rio de Janeiro bem como a análise do processo de trabalho e modelo de gestão.
Resultados Até 2008 o município possuía o menor financiamento público e a mais baixa cobertura de Saúde da Família. A partir de 2009 foi iniciado a Reforma dos Cuidados Primários em Atenção Primária à Saúde, para a expansão da ESF através de Organizações Sociais (OS). Assim, o processo de trabalho se tornou mais burocratizado com aumento da terceirização, exigência da produção quantitativa dos serviços, fragmentação do trabalho e a instabilidade do emprego. Desde 2017 a saúde municipal passa por uma crise que tem impactado no desenvolvimento das políticas de saúde com a falta de medicação, falta de insumos, atrasos salariais, diminuição de leitos e cortes no orçamento.
Conclusões/Considerações A reforma da saúde baseado em um modelo privatizante sofre críticas pela ausência de transparência pública. Os órgãos responsáveis pela fiscalização do contrato com as OS e o cenário de crise revelam esses problemas. Como forma de luta e resistência, os trabalhadores criaram a campanha Nenhum Serviço de Saúde a Menos, por meio de redes sociais, que já organizou mais de 200 manifestações em defesa do SUS e da manutenção dos serviços municipais.
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