28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC22g - Política de Saúde do(a) Trabalhador(a) |
21730 - ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO TRABALHADOR DO PIAUÍ: PERFIL SÓCIO DEMOGRÁFICO, PRODUTIVO E EPIDEMIOLÓGICO VERA REGINA CAVALCANTE BARROS RODRIGUES - CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR/SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PIAUÍ, FLÁVIA NOGUEIRA E FERREIRA DE SOUSA - COORDENAÇÃO GERAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR/SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE/MINISTÉRIO DA SAÚDE, TATIANA VIEIRA SOUZA CHAVES - CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR/SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PIAUÍ/CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
Apresentação/Introdução Para o planejamento, a tomada de decisão e as intervenções em Saúde do Trabalhador, os gestores e técnicos da saúde, nas três esferas de governo e de gestão do SUS, necessitam de informações qualificadas acerca da situação de saúde da população trabalhadora em seu território, que devem servir aos interesses e necessidades dos trabalhadores e da população.
Objetivos Analisar o perfil sócio demográfico, produtivo e epidemiológico dos trabalhadores do Estado do Piauí.
Metodologia Este é um estudo de vigilância, transversal, descritivo. A população do estudo foi constituída pelos trabalhadores ativos do estado do Piauí. Foram utilizados dados secundário da População Economicamente Ativa Ocupada (PEAO), extraídos da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), IBGE. Registros de óbitos por acidentes de trabalho foram extraídos do Sistema Nacional de Informações sobre Mortalidade (SIM) e de doenças e agravos a saúde do trabalhador do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) de 2011 a 2016. Foram calculadas frequências simples e absolutas e coeficientes de mortalidade (CM)/100.000 e incidência (CI)/1.000. Para análise de dados utilizou-se Excel e Tabwin.
Resultados No Piauí, em 2015, havia 159.600 trabalhadores, destes 56,2% eram homens; 25,2% tinham de 30 a 39 anos de idade; 67,7% tinham cor da pele parda; 24,3% tinham de 11 a 14 anos de estudos; 25,3% tinham renda entre meio a um salário mínimo e 76,2% estavam na informalidade. As atividades econômicas com maior percentual de trabalhadores foram: agrícola (32,7%), comércio e reparação (16,8%). O CM por acidente de trabalho passou de 33,1/100.000 em 2011 para 33,8/100.000 em 2016. Houve uma média de não preenchimento do campo “acidente de trabalho” no SIM de 65,7%. Entre 2011 a 2016 foram notificados no Sinan 9.006 casos, o CI passou de 8,8/1.000 em 2011 para 15,7/1.000 em 2016, um aumento de 78,4%.
Conclusões/Considerações Ações de vigilância em saúde do trabalhador no Estado do Piauí devem priorizar os trabalhadores informais, da agricultura, comércio e reparação e construção civil e com baixa escolaridade. Atenção especial deve ser dedicada a captação de casos de agravos e doenças relacionadas ao trabalho e também a diminuição de subregistros no Sinan e SIM. O CEREST Estadual, vem intensificando capacitações das equipes de saúde, visando a melhoria da informação.
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