28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC22f - Saúde do Trabalhador e Atenção Primária à Saúde 1 |
28712 - SATISFAÇÃO NO TRABALHO ENTRE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL
VANDA MARIA DA ROSA JARDIM - UFPEL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LAÍNE BERTINETTI ALDRIGUI - UFPEL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, CARLOS DOS SANTOS TREICHEL - UNICAMP, SONIA REGINA DA COSTA LAPISCHIES - UFPEL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PALOMA SOUSA LORENZATO - UFPEL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, MARIANA DIAS DE ALMEIDA - UFPEL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, DAIANE DE AQUINO DEMARCO - UFPEL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, JULLIANI QUEVEDO DA ROSA - UFPEL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Apresentação/Introdução
O Agente comunitário de saúde, no contexto de um modelo de atenção em saúde de base territorial se constitui em um elemento central, entretanto sua condição hibrida, entre a comunidade e a equipe técnica pode impactar sobre sua satisfação no trabalho. Estudos sobre a satisfação no trabalho na atenção primaria apresentam uma variabilidade na prevalência e entre ACS a satisfação é baixa.
Objetivos
Investigar a satisfação no trabalho entre agentes comunitários de saúde da 210 região de saúde do Rio Grande Do Sul.
Metodologia
Trata-se de um recorte da pesquisa “Processo de trabalho e seus impactos na condição de saúde de ACS na região sul do Rio Grande do Sul”, aprovado no comitê de ética (51684015.1.0000.5316). Estudo transversal com 599 ACS de 21 municípios da 21ª Região de saúde do Rio Grande do Sul, cujos dados foram colhidos entre março/2016 a abril/2017. O desfecho selecionado foi a satisfação no trabalho. Foram avaliadas como variáveis independentes: dados sociodemográficos, condições e caraterísticas do trabalho e condição de saúde dos ACS.
Resultados
Os ACS que participaram do estudo têm em media 37.7 anos (d.p 9.3), na maioria mulheres 87,48%. A prevalência de satisfação no trabalho foi de 71,26% (424), sendo maior entre ACS de zona rural (p= 0.008), entre homens (p= 0.046), entre aqueles que identificaram melhora em suas condições de trabalho (p≤0.0001), que não realizam tarefas além das determinadas para a sua função (p=0.001), que não apresentaram problemas de saúde (p=0.001) e não referiram sentimento de sobrecarga no trabalho (p≤0.0001). Idade e tempo de trabalho, não se mostraram associados.
Conclusões/Considerações
A satisfação do trabalho para além das condições sociodemográficas e de saúde se relaciona com o processo de trabalho dos ACS. Ações com foco na melhoria das condições de trabalho e investimentos na qualificação dirigida as especificidades destes mediadores entre as distintas esferas de organização da vida social, podem contribuir positivamente para a satisfação no trabalho e para a qualidade da atenção em saúde no contexto da ESF.
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