Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC22e - Saúde dos Trabalhadores do Campo, da Floresta e das Águas e em situação de informalidade

24186 - EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS NO TRABALHO INFORMAL DOMICILIAR
EDUARDO MARINHO BARBOSA - UFBA - IFBA, VILMA SOUSA SANTANA - UFBA, SÍLVIA FERRITE - UFBA


Apresentação/Introdução
Estima-se no Brasil cerca de 5 milhões de trabalhadores informais domiciliares, TID. Estes estão potencialmente suscetíveis a fatores de risco no trabalho e invisíveis às ações públicas de prevenção e proteção a saúde do trabalhador, aumentando a vulnerabilidade social desses trabalhadores.


Objetivos
Descrever o perfil sociodemográfico, ocupacional e de exposições ocupacionais de trabalhadores informais domiciliares, TID residentes no Distrito Sanitário da Liberdade, DSL, Salvador, Bahia, cobertos pela Atenção Básica em Saúde.


Metodologia
Estudo transversal com todos os TID residentes no DSL, utilizando-se dados individuais do Sistema de Informação da Atenção Básica, SIAB, 2016. Visitas domiciliares foram feitas por equipe treinada na companhia de agentes comunitários de saúde para aplicação de questionários e lista de checagem. Esses instrumentos abordavam aspectos sociodemográficos e ocupacionais, focalizando exposições selecionadas a determinados fatores de risco. Variáveis de exposição foram: ruído, calor, agentes químicos, nível de iluminação e ventilação e as descritivas foram sexo, idade, raça/cor, renda, ocupação, área, dentre outras. Estas foram descritas em número absoluto, proporção e a área em mediana e quartis.


Resultados
Foram identificados 468 TID, a maioria mulheres (77,1%), negras (92,5%), com idade entre 40 e 59 anos (46,6%). Atividade de comércio varejista (35,3%) foi mais frequente, seguida de produção/venda de alimentos (25,8%). Atividades em salões de beleza apareceram em terceiro lugar (17,1%) e em quarto as costureiras (9,4%). Foi referida exposição ocupacional em 82,5% dos TID, com calor intenso em 26,3%, má ventilação em 25,2% e ruído intenso em 16,4% dos casos. Apenas 4,5% referiram má iluminação e para exposição química, 1/3 referiu algum tipo de contato. Havia perigo de quedas em 30,6% dos locais de trabalho e 38,9% das instalações elétricas eram inadequadas. A mediana da área foi de 9m2.


Conclusões/Considerações
Achados deste estudo indicam alta exposição ocupacional no TID, que pode ser atribuído, dentre outros fatores, a insuficiente formação para o trabalho, remuneração de subsistência, invisibilidade social e inacessibilidade pelos serviços de inspeção e assunção dos fatores de risco como inerente ao próprio trabalho. Enfim, amplia o conhecimento acerca desse setor, de forma a apoiar políticas públicas que promovam melhorias para esses trabalhadores.

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