27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC22d - Informação e Vigilância em Saúde do Trabalhador |
28961 - PERFIL DOS TRABALHADORES MORTOS POR CAUSAS EXTERNAS EM CAMPINAS/SP: 2000 A 2015 ANA CLÁUDIA ALVES MARTINS - EPIGEO/UNICAMP, MARIANGELA MARINI DOS SANTOS DOS SANTOS PEREIRA - EPIGEO/UNICAMP, MIRLA RANDY BRAVO FERNANDEZ - EPIGEO/UNICAMP, PEDRO HENRIQUE DE FARIA - EPIGEO/UNICAMP, GABRIEL FILIPE DE OLIVEIRA SILVA - EPIGEO/UNICAMP, LÍGIA COCENAS - EPIGEO/UNICAMP, JOSÉ FERDINANDO RAMOS FERREIRA - EPIGEO/UNICAMP, MÔNICA CAICEDO ROA - EPIGEO/UNICAMP, CELSO STEPHAN - EPIGEO/UNICAMP, RICARDO CARLOS CORDEIRO - EPIGEO/UNICAMP
Apresentação/Introdução No Brasil, a mortalidade por causas externas é a segunda entre as principais causas de óbito. Quando avaliada em anos potenciais de vida perdidos, passa a ocupar a primeira posição. Especialmente em grandes centros urbanos, as causas externas atingem predominantemente negros entre 15 e 49 anos, em plena fase da vida reprodutiva. Este estudo busca contribuir na identificação de grupos vulneráveis entre trabalhadores.
Objetivos Analisar as tendências de mortalidade por causas externas segundo o grupo ocupacional dos moradores da cidade de Campinas/SP.
Metodologia O presente estudo utilizou os registros de óbitos de moradores da cidade de Campinas/SP, que faleceram de causas externas no período de 2000 a 2015, seguindo a classificação da 10a Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID 10a revisão). Os dados foram fornecidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade da Secretaria Municipal de Saúde. Os grupos ocupacionais foram identificados a partir da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Além disso, para fins de análises, os óbitos por causas externas foram divididos nos seguintes grupos: homicídios, transporte, suicídios e outros. Foram calculadas frequências de acordo com os grupos ocupacionais e grupos de causas externas.
Resultados No período investigado ocorreram 10.965 óbitos por causas externas. Destes, 12,6% não apresentam informação da ocupação. Os trabalhadores em serviços de reparação e manutenção são o grupo com maior proporção de vítimas, 31,2%, seguidos de trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (12,5%), comércio (11,9%) e forças armadas, policiais e bombeiros militares (11,2%). Os demais grupos, somados, representam 20,6% dos óbitos. Os trabalhadores do serviço de reparação e manutenção têm a maior proporção em todas as causas externas. Porém é no grupo de outras causas externas, onde se encontram acidentes como quedas, que têm a maior proporção (40%).
Conclusões/Considerações Conhecer as informações sobre os óbitos da população trabalhadora, acerca da ocupação desenvolvida, possibilita identificar grupos vulneráveis e dar subsídios para a formulação de políticas públicas de proteção e seguridade social. Dessa forma, é fundamental destacar que os trabalhadores do serviço de reparação e manutenção representam um grupo com índice alto de informalidade e risco de morte por acidentes e violências.
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