27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC22c - Riscos e danos à saúde relacionados ao trabalho |
21939 - ÍNDICE DE FADIGA E RISCO PARA ACIDENTES DE MOTORISTAS PROFISSIONAIS BRASILEIROS VALDÊNIO MARTINS BRANT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINA GERAIS, MARCO TÚLIO DE MELLO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINA GERAIS, CARLOS MAGNO AMARAL COSTA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINA GERAIS, ANDRÉ GUSTAVO PEREIRA DE ANDRADE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINA GERAIS, GUSTAVO HENRIQUE DA CUNHA PEIXOTO CANÇADO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINA GERAIS, MARIA TEREZA NAVES AGRELLO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINA GERAIS, ANDRESSA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINA GERAIS, FERNANDA VERUSKA NARCISO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINA GERAIS
Apresentação/Introdução Motoristas profissionais são apontados como os principais envolvidos em aproximadamente 20% a 30% dos acidentes graves em rodovias no mundo (Craft, 2009; Mello et al., 2013). A conscientização destes ainda não tem sido suficiente para enfatizar a importância das pausas durante a jornada de trabalho e do sono restaurador para obter recuperação física e cognitiva (Williamson, 2014).
Objetivos Conscientizar os motoristas do transporte de cargas sobre a necessidade de descanso e do sono restaurador para manutenção da saúde e da segurança durante a jornada de trabalho.
Metodologia Trinta e dois motoristas profissionais brasileiros (média de idade de 34±2,3 anos) foram entrevistados sobre a jornada de trabalho e tempo de descanso em postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado de Minas Gerais. Dados sobre horas de trabalho, tempo de sono e pausas durante a jornada foram inseridos no software “Fatigue and Risk Index Calculator-FRI” (Folkard et al., 2007) que indica o índice de fadiga e risco para acidente. Os valores médios de referência do FRI são: (1,0) para risco de acidentes e (20,7) para risco de fadiga. Valores acima destes foram considerados sinal de alerta para o motorista. Os motoristas também receberam panfletos informativos e orientação presencial.
Resultados Os dados foram inseridos no FRI após relatos dos motoristas durante a entrevista. Dos 32 motoristas profissionais avaliados, 07 (21,9%) apresentaram risco para acidentes causados pela falta de sono ou cansaço, o que aponta necessidade eminente de cochilar ou dormir. Além disso, 02 motoristas (6,2%) apresentaram elevado índice de fadiga, causada principalmente por longas jornadas ao volante sem pausas para descanso e 09 motoristas (28,1%) apresentaram ambos os resultados (risco de acidentes e nível de fadiga) acima dos valores médios de referência. No entanto, 14 motoristas (43,7%) apresentaram resultados menores que os valores de referência para nível de fadiga e risco de acidentes.
Conclusões/Considerações A orientação presencial aos motoristas profissionais realizada nos postos da PRF reforçada pelos resultados mostrados instantaneamente sobre o índice de fadiga e risco para acidente são propostas com expectativas de enfatizar e conscientizar os motoristas sobre os perigos da fadiga e da sonolência ao volante, a fim de que estes busquem respeitar os próprios limites fisiológicos para a prevenção de acidentes nas rodovias brasileiras.
CNPq CAPES FAPEMIG CEPE CEMSA
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