27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC22a - Trabalho e Saúde Mental |
27376 - CONTEXTO DE TRABALHO E QUALIDADE DE SONO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS ESTADUAIS NO RIO GRANDE DO NORTE ÁDILLA CONCEIÇÃO BRITO DE AZEVEDO - UFRN, XAÍZE DE FÁTIMA DE MEDEIROS LOPES - UFRN, JULIANA ROMANO DE LIMA - UFRN, DÉBORA LOPES BEZERRA ARCANJO COSTA - UFRN, DIMITRI TAURINO GUEDES - UFRN, JANE CARLA DE SOUZA - UFRN
Apresentação/Introdução Os professores possuem a responsabilidade de formar alunos cidadãos, conscientes sobre seu papel na sociedade. Porém, a função docente é relacionada à sobrecarga e condições inadequadas de trabalho, como violência na escola, entre outros problemas característicos da profissão. Somado a isso, é cada vez mais comum a presença de problemas de saúde, incluindo os relacionados ao sono.
Objetivos Avaliar o contexto de trabalho, os horários e qualidade de sono de professores do ensino médio da rede pública do interior do Rio Grande do Norte.
Metodologia Estudo transversal, descritivo-exploratório, abordagem quantitativa, realizado com professores do ensino médio de escolas estaduais, no interior do Rio Grande do Norte. Realizou-se a aplicação da Ficha de identificação, da Escala de avaliação do contexto de trabalho (EACT), abordando os fatores “Condições de trabalho”, “Organização do trabalho” e “Relações socioprofissionais” e do Índice de qualidade do sono de Pittsburgh (IQSP) para 61 professores de ambos os sexos que lecionavam na escola do estudo há no mínimo 6 meses, realizando suas demandas profissionais em sala de aula. Os dados coletados foram analisados no programa SPSS versão 20.0 e realizado o teste de Mann-Whitney para análises.
Resultados A idade dos professores é 39,72 ± 9,17 anos. O contexto de trabalho foi avaliado como crítico/grave nos fatores 1, média 2,72 (X² = 12,96; p< 0,05), 2, média 3,09 (X² = 16,00; p< 0,05), e metade dos itens do fator 3, média 2,29 (X² = 1,44; p>0,05). 69% (X² = 14,44; p < 0,05) apresentaram má qualidade de sono. Os testes mostraram diferença entre as medianas do fator 3 com a qualidade do sono, ou seja, a população que avaliou as relações socioprofissionais como crítico/grave têm mais chance de ter uma má qualidade de sono (U = 321, p < 0,05). Além disso, observou-se os professores com má qualidade de sono dormem 36 minutos a menos do que àqueles com boa qualidade (U = 256,00; p < 0,05).
Conclusões/Considerações Considerando que as condições de trabalho e organização do trabalho foram avaliadas como crítico/grave, e que os professores apresentaram má qualidade de sono e sonolência diurna excessiva, ressaltamos a importância deste estudo para reforçar a necessidade de discussão de propostas de políticas voltadas a esse profissional, que contribuam para a melhoria do ambiente de trabalho e saúde do trabalhador.
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