27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC22a - Trabalho e Saúde Mental |
27033 - PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS PSÍQUICOS MENORES EM TRABALHADORES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
LAÍS BARBOSA SOUZA VILAS BOAS - UEFS, GABRIELLA BENÉ BARBOSA - UEFS, NÚBIA SAMARA CARIBÉ DE ARAGÃO - UEFS, TATHIANE SILVA COSTA TAPIOCA - SMS-FSA, CARLITO LOPES NASCIMENTO SOBRINHO - UEFS
Apresentação/Introdução
Distúrbio Psíquico Menor (DPM) é uma expressão criada para designar sintomas de insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas somáticas que demonstram ruptura do funcionamento normal do indivíduo, constituindo problema de saúde pública com impactos econômicos relevantes.
Objetivos
Estimar a prevalência de Distúrbios Psíquicos Menores (DPM) e fatores associados em trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família.
Metodologia
Estudo epidemiológico de corte transversal, populacional, que utilizou um questionário autoaplicável, validado, não identificado para descrever: o perfil sociodemográfico; as condições de trabalho na ESF; os aspectos psicossociais do trabalho, utilizando o Job Content Questionnaire (JCQ); a saúde mental e o uso abusivo de bebidas alcoólicas utilizando o SRQ-20 e o Teste CAGE, de todos os trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família (Médicos, Enfermeiros e Cirurgiões-Dentistas) que aceitaram participar do estudo após a leitura e assinatura do termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Resultados
Dos 152 profissionais que participaram do estudo, 46,7% enfermeiros, 31,6% médicos e 21,7% cirurgiões-dentistas. 76,3% do sexo feminino, 63,8% com idade ≤ 38 anos, 69,7% com pós-graduação, 60% com companheiro, 55,9% com filhos e 53,4% com renda ≤ R$ 3.000,00. Hábitos de vida: 85,5% tinham lazer; 59,3% praticavam atividade física; 62,5% não bebiam e 83% não fumavam. Características ocupacionais: 93,3% cooperativados; 56,7% com outro vínculo de trabalho; 55,0% com CH semanal ≤ 40 horas. A prevalência global de DPM foi de 22,0%. A prevalência de DPM foi mais elevada na situação de alta exigência 57,1% e a situação de baixa exigência apresentou uma prevalência de 15,4% (RP = 3,7).
Conclusões/Considerações
Os resultados apontaram uma elevada prevalência de DPM, bem como a associação entre situação de alta exigência nos aspectos psicossociais do trabalho e DPM. Portanto, chama a atenção para a necessidade de melhoria das condições de trabalho da Equipe de Saúde da Família (ESF), contratação, remuneração e infraestrutura para garantir a qualidade dos serviços prestados ao usuário e uma maior satisfação do trabalhador que atua na ESF.
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