Comunicações Orais

28/07/2018 - 14:30 - 16:00
CO22i - Saúde do Trabalhador na Atenção Primária - 2

28797 - PERCEPÇÕES DE TRABALHADORES SOBRE A GESTÃO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNÍCIPIO DO RIO DE JANEIRO
SOFIA SAYURI YONETA - ENSP/FIOCRUZ, THAÍS DE ALMEIDA BRASIL - ENSP/FIOCRUZ, TARCILA FREITAS DE SOUSA - ENSP/FIOCRUZ, LILIAN MIRANDA - ENSP/FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
A gestão da Estratégia de Saúde da Família (ESF) por Organizações Sociais (OS) reflete paradigmas gerencialistas na busca por produção e lucratividade. Considerando o choque entre a lógica econômica e a do cuidado, que demanda a interpessoalidade para o seu exercício no processo de trabalho, buscou-se observar a percepção dos trabalhores sobre a gestão.


Objetivos
Compreender as percepções sobre gestão da ESF no município do Rio de Janeiro entre trabalhadores de um Centro Municipal de Saúde


Metodologia
Desenvolvemos um estudo qualitativo de tipo exploratório que construiu um relato analítico baseado em grupos focais. A investigação, que foi realizada em uma unidade de saúde do tipo mista entre outubro de 2016 a fevereiro de 2017, contou com a participação de 30 trabalhadores que incluíam tanto o grupo que formavam a direção da unidade como os trabalhadores das equipes de Saúde da Família e as equipes de Saúde Bucal. Para a organização do material coletado, utilizamos a abordagem da Análise de Conteúdo realizada por meio de três fases: pré-análise, exploração do material ou codificação e tratamento dos resultados obtidos/ interpretação.


Resultados
A direção considerou, entre os aspectos positivos, a ampliação do acesso para os usuários, a aplicação das propostas da ESF e a agilidade na organização por Contrato de Gestão. No entanto, entre as críticas está a adoção de um modelo de gestão coordenado por OS, entendida como responsável pelas mudanças bruscas, a diminuição da qualidade do atendimento e pelo processo de trabalho pautado em metas.
Já na percepção dos profissionais das equipes, ao mesmo tempo que compreendem a OS como organizadora do trabalho, paradoxalmente também sentem que ela cumpre um papel desorganizador pela velocidade de mudanças constantes, sem a participação dos trabalhadores, que acabam ficando sobrecarregados.


Conclusões/Considerações
Frente à financeirização da saúde e a moral do assédio, com indivíduos em sofrimento e em guerra com seus pares, podemos ver que as percepções são complexas e controversas, sendo reflexo dos paradoxos do sistema gerencialista. Notamos o sofrimento comum, com demanda de resgate do simbólico, da coletividade, dos sentidos, permitindo perceber que, apesar da individualização, os trabalhadores resistem na defesa da solidariedade e do cuidado.

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