Comunicações Orais

28/07/2018 - 14:30 - 16:00
CO22i - Saúde do Trabalhador na Atenção Primária - 2

26277 - HUMANIZAÇÃO NO SUS E CONDIÇÕES DIGNAS DE TRABALHO NA SAÚDE: CONTRADIÇÕES E DESAFIOS EM TEMPOS NEOLIBERAIS
TALITA - FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BACABAL, MARLY DE JESUS SÁ DIAS - UFMA, BEATRIZ PENHA RODRIGUES AMORIM - UFMA


Apresentação/Introdução
A Política Nacional de Humanização da Saúde (PNH) possui um percurso histórico próprio, sendo introduzida como uma política pública de saúde após um processo em que setores organizados da sociedade civil pautaram a necessidade de humanizar os serviços de saúde. No entanto, convém discutir o contexto neoliberal na qual esta se insere e as condições materiais de concretização.


Objetivos
Analisar a Política Nacional de Humanização da Saúde no contexto de ajuste neoliberal, implementação das novas formas de gestão no SUS e de precarização do trabalho em saúde.


Metodologia
A metodologia empregada contou com um aporte metodológico crítico e reflexivo, respaldado em categorias marxistas como “trabalho”, “humanização” e “alienação” e fundamentos teóricos e documentais, tais como documentos oficiais publicados referentes à Política de Humanização da Saúde, leis e emendas constitucionais que tratam da nova conformação da gestão da saúde no país, pagina da Política Nacional de Humanização da Saúde na rede mundial de computadores, artigos científicos relacionados à análise da PNH e das transformações no mundo do trabalho, em especial, do trabalho em saúde, além de relatórios de organizações/movimentos sociais referentes ao Sistema Único de Saúde.


Resultados
O contexto de transformações políticas, sociais, econômicas, culturais em que a PNH se estrutura no país é marcado pela crise estrutural do capital e suas múltiplas determinações, tal como o neoliberalismo e os fortes rebatimentos no mundo do trabalho que, não somente intensifica a precarização e expansão do setor de serviços, bem expressos na saúde pública, como legitima os denominados novos modelos de gestão da saúde com a correspondente flexibilização dos direitos, aumento significativo das terceirizações e subcontratações de trabalhadores/as da saúde.


Conclusões/Considerações
A PNH, mesmo pautando a valorização do trabalhador de saúde, se insere numa dinâmica contraditória que dificulta/inviabiliza reais possibilidades de garantias de condições dignas de trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde.

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