Comunicações Orais

28/07/2018 - 14:30 - 16:00
CO22i - Saúde do Trabalhador na Atenção Primária - 2

22225 - OS NOVOS MODELOS DE GESTÃO E GERENCIAMENTO DO TRABALHO E AS PERCEPÇÕES DE UMA EQUIPE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
RENATO PENHA DE OLIVEIRA SANTOS - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO

Apresentação/Introdução
O presente estudo teve por objetivo identificar quais as penosidades presentes no cotidiano do trabalho de uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município do Rio de Janeiro, a partir das percepções desses profissionais de saúde sobre o trabalho na atenção primária sob a égide de novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho, implantados no município do Rio de Janeiro após 2009.


Objetivos
Objetivo geral: identificar quais as penosidades presentes no cotidiano do trabalho de uma equipe da Estratégia Saúde da Família do município do Rio de Janeiro.


Metodologia
A pesquisa foi realizada durante os anos de 2015 e 2016 através de procedimentos de caráter qualitativo e de inspiração etnográfica. O estudo, inspirando-se na etnografia de caso ampliado desenvolvida por Michael Burawoy, utilizou registro em diário de campo e observação participante com a realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores de uma equipe da ESF, nomeada de “Cuba”, pertencente à Clínica da Família cujo nome fictício é “Fidel Castro”, a qual está localizada na zona norte do município da cidade do Rio de Janeiro.


Resultados
Após análise do diário de campo e das entrevistas, verificou-se a predominância de mulheres na equipe estudada, correspondendo à tendência da feminização da força de trabalho na saúde. Além disso, foram caracterizadas como penosidades: a jornada de trabalho extensa, a constante interação com os usuários, o excesso de demanda de trabalho, a exigência de polivalência e mudança constante de funções no ambiente de trabalho.


Conclusões/Considerações
Ressalta-se a necessidade de aprofundar o estudo das contradições entre os valores e aspectos que envolvem esse o modelo de gestão e gerenciamento do trabalho com a lógica do cuidado e outros valores imbuídos na construção do SUS. Logo, democratizar a gestão do trabalho e pensar numa lógica mais coletiva do que individual na organização deste é reforçar os valores e os compromissos preconizados historicamente na reforma sanitária.

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