Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO22g - Trabalho rural

27299 - SOFRIMENTO SOCIAL DE TRABALHADORES RURAIS ASSENTADOS NA CONTRACORRENTE DO AGRONEGÓCIO NA BACIA DO JURUENA-MT
BIANCA VASQUEZ PISTÓRIO DE CASTRO - UFMT, MARTA GISLENE PIGNATTI - UFMT, LUÍS HENRIQUE DA COSTA LEÃO - UFMT


Apresentação/Introdução
A questão agrária no Brasil é um problema histórico e contemporâneo, sendo assim, a luta pela posse de terra sempre ocorreu. A falta de distribuição de terras tem como um de seus reflexos ocupações que se transformam em assentamentos rurais. Ocupar terras não garante condições mínimas de sobrevivência nos assentamentos, pois falta estrutura para que os assentados tenham condições de vida dignas.


Objetivos
Compreender se a luta pela terra de um grupo de trabalhadores rurais assentados na região sudoeste de Mato Grosso, onde prevalece a lógica do latifúndio e do agronegócio, implica em sofrimento social.


Metodologia
A pesquisa foi de cunho qualitativo, de caráter exploratório, com orientação analítico-descritiva, mediante entrevistas semi-estruturadas, iniciada com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e consentimento livre e esclarecido dos entrevistados. Foram sete trabalhadores rurais entrevistados, do assentamento rural Nova Esperança, em Campos de Júlio - MT. A interpretação do material coletado seguiu os ensinamentos da análise de conteúdo. A pesquisa ocorreu entre 2015 e 2016.


Resultados
Verificou-se que a ocupação de terras gera insegurança nos trabalhadores rurais assentados, pois estão em uma situação de ocupação irregular. A falta de legalização não permite o acesso a créditos, assistência do poder público e implica em falta de estrutura para sobrevivência. A luta pela terra gera disputas por conta da configuração econômica do local e os trabalhadores rurais assentados sofrem com a opressão dos grandes produtores rurais, que não aceitam a busca de autonomia do grupo. Contudo, a luta pela terra gera união no grupo para resistirem às pressões externas ao assentamento. Mesmo imersos em um ambiente de opressão e de negação, a coletividade é uma estratégia de proteção.


Conclusões/Considerações
Ficou claro o vínculo afetivo que os trabalhadores rurais assentados têm com a terra e que a luta corresponde à busca de emancipação. Viver e trabalhar na terra trás significado ao trabalho e também ao modo de vida desse grupo, que possui uma identidade com o rural, fator constitutivo de suas subjetividades. O sofrimento social provocado por questão externas ao assentamento pode ser amenizado e suportado com a lida com a terra e a coletividade.

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