Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO22g - Trabalho rural

23884 - TRABALHO NA AGROPECUÁRIA E MORTALIDADE POR CÂNCER DE ESTÔMAGO NO BRASIL, 1980 – 2014
MILENA MARIA CORDEIRO DE ALMEIDA - UFBA, VILMA SOUSA SANTANA - UFBA


Apresentação/Introdução
Estudos mostram maior mortalidade por câncer de estômago (MCE) em trabalhadores da agropecuária quando comparados aos demais. No Brasil, inexistem estimativas de abrangência nacional da ME que demonstrem essa afirmação.


Objetivos
Estimar o coeficiente de mortalidade por câncer de estômago (MCE) e sua associação com o trabalho na agropecuária, descrevendo distribuição por sexo, idade e evolução temporal.


Metodologia
Estudo de mortalidade realizado com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), para a população de 30 a 69 anos de idade, do sexo masculino, entre 1980 a 2014, no Brasil. Os diagnósticos da causa básica de morte por câncer de estômago foram os codificados como: 160 na Classificação Internacional das Doenças, 9ª. Revisão (CID-9), até 1995, e C16 na CID-10ª Revisão, a partir de 1996. Agropecuários correspondem a todo o grupo 6 da Classificação Brasileira de Ocupações, CBO, e o grupo referente corresponde aos demais grupos CBO. Foram estimados o coeficiente de mortalidade e a razão de mortalidade, esta última, medida de associação.


Resultados
Foram observados 145.951 casos de câncer de estômago, 50.909 (35%) em trabalhadores da agropecuária. Em 1980, a MCE foi 36,6/100.000 trabalhadores na agropecuária, maior que a do grupo referente (18,2/100.000), razão de mortalidade RME= 2,0. Em 2014, a MCE aumentou para 19,3/100.000 e 10,9/100.000, respectivamente, RME= 1,8. Essa diferença foi maior entre os mais jovens de 30 a 49 anos em comparação aos de maior idade. Entre 1980 e 1995, a queda da RME foi de 33%, apresentando, a partir desse ano, discreta elevação.


Conclusões/Considerações
Trabalhadores da agropecuária têm o dobro da MCE estimada para os demais, desvantagem maior entre os mais jovens, em comparação com os demais. Fato sugestivo de exposições ambientais e ocupacionais, ao exemplo dos agrotóxicos, considerando-se o longo período de latência de cancerígenos. Fatores associados à MCE, como pior acesso à saneamento e tabagismo, além dos agrotóxicos, vêm sendo apontados em alguns estudos, mas precisam ser esclarecidos.

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