27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO22e - Saúde do Trabalhador na Atenção Primária - 1 |
28956 - PREVALÊNCIA DE INSÔNIA ENTRE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO EXTREMO SUL DO RIO GRANDE DO SUL LAÍNE BERTINETTI ALDRIGUI - UFPEL, VANDA MARIA DA ROSA JARDIM - UFPEL, MARIANA DIAS DE ALMEIDA - UFPEL, PALOMA SOUSA LORENZATO - UFPEL, CARLOS DOS SANTOS TREICHEL - UNICAMP, DAIANE DE AQUINO DEMARCO - UFPEL, ANDREZA ERDMANN FURTADO - UFPEL, JULLIANI QUEVEDO DA ROSA - UFPEL, MÔNICA GISELE GARCIA KÖNZGEN - UFPEL
Apresentação/Introdução O Agente Comunitário de Saúde (ACS) compartilha dos problemas sociais e estruturais com a comunidade na qual vive e trabalha e das dificuldades no contexto do trabalho com a equipe de saúde. Estudos relacionam riscos ocupacionais, tais como tensão no trabalho, baixo controle, altas demandas, longas horas de trabalho, baixo apoio social no trabalho, ocasionado distúrbios de sono do trabalhador.
Objetivos Identificar a prevalência de insônia e fatores associados entre agentes comunitários de saúde.
Metodologia Recorte da pesquisa “Processo de Trabalho e seus Impactos na Condição de Saúde de Agentes Comunitários de Saúde na Região Sul do Rio Grande do Sul”. Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética (nº 51684015.1.0000.5316), realizado com 599 ACS dos municípios de abrangência da 21ª Região de Saúde, no período de março de 2016 a abril de 2017. Para este recorte, considerou-se como desfecho a seguinte questão: Você tem problemas de saúde diagnosticados por um profissional? se sim, assinalar qual/quais? Foi analisada a prevalência de respostas positivas para insônia e investigada sua associação com dados sócio demográfico e do processo de trabalho dos ACS.
Resultados A amostra é composta em sua maioria de ACS com idade entre 31 a 40 anos (40,8%), do sexo feminino (87,5%) e atuantes na região urbana (73,9%). A prevalência de insônia foi 18,6% e apresentou associação significativa com: ter filhos (p=0,015) e não praticar atividade física (p= 0,009). No trabalho se mostraram associados: maior tempo de trabalho (p=0,000), problemas com horário (p=0,000), procura por moradores no período de férias (p=0,010), falta de segurança (p=0,002), enfrentamento de situação de violência (p=0,000), indiferença quanto a satisfação (p=0,000), sobrecarga (p=0,002), necessidade de melhoria no serviço (p=0,040) e desenvolver atividades além da função (p=0,014).
Conclusões/Considerações Os resultados apresentados mostram relação do processo de trabalho do ACS com sua condição de saúde, em particular manifestada com distúrbios no sono. Aponta-se para a necessidade de modificações na organização do trabalho que impactem na segurança, na diminuição de demandas e ampliação do apoio social no trabalho, a fim de reduzir o impacto negativo na saúde desse trabalhador.
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