Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO22e - Saúde do Trabalhador na Atenção Primária - 1

23914 - A SAÚDE DO TRABALHADOR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UM PARADOXO A SUPERAR
FATIMA SUELI NETO RIBEIRO - UERJ, JANE MARY DE MIRANDA LIMA - SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO CEARÁ, VANIA MARIA ARAUJO LOUREIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FORTALEZA/CEARÁ


Apresentação/Introdução
A atenção primária à saúde (APS), como a área de Saúde do Trabalhador (ST), se constitui por intervenções e/ou acompanhamento que vão desde a promoção até a reabilitação e atua em territórios delimitados. São áreas distintas, que fundamentadas nos princípios do SUS, com destaque para a integralidade, têm interfaces comuns, mas caminham de forma paralela e com dificuldades de interlocução.


Objetivos
Este trabalho visa analisar as dificuldades e as possibilidades de incorporação do objeto da área de Saúde do Trabalhador no processo de trabalho da Atenção Básica, em particular na vigilância em saúde.


Metodologia
A dificuldade do SUS incorporar a categoria trabalho como intrínseca e transversal ao processo saúde doença e as atividades de promoção da saúde limitadas à dimensão biomédica são fatores que impedem a pactuação de metas no plano da determinação da saúde. Isso reverbera na APS, quando o próprio processo de trabalho dos ACS e das equipes, em geral, estão organizadas em metas extenuantes, riscos ambientais e ocupacionais evidentes e cargas de trabalho que levam ao sofrimento psíquico. Nesta situação paradoxal, foi realizada uma revisão da literatura e análise documental de relatórios técnicos institucionais de diversos setores da Saúde.


Resultados
A interlocução mais frequente é que a estrutura de ST seja referência técnica para a APS através de "capacitação" voltada para mapeamento de processos de trabalho/produtivo, reprodução de protocolos clínicos e notificação de agravos, que não se faz corresponder a um plano de trabalho da ST para atuar no território. Os sistemas de informação não incorporam demandas de ST e não estão previstas nas metas nacionais da APS. O modelo de vigilância que operacionalize procedimentos com tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade ainda não se consubstanciou na ST. Em nenhum momento mudanças no processo de trabalho dos agentes foi considerada como estratégia/etapa da Vigilância em ST na APS


Conclusões/Considerações
Esperar que APS atue nos territórios demanda identificar os próprios riscos e atuar como promotor da própria saúde. Este paradoxo se apresenta para profissional de saúde ainda sem eco para uma intervenção ampliada. Promover ST pela atenção básica sem atuar na atenção básica é uma contradição à prática da ST na APS e que precisa ser enfrentado em conjunto na singularidade do trabalho terceirizado e precarizado como ocorre no RJ e talvez no Brasil

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