26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO22c - Trabalho em universidades e serviço público |
21517 - SAÚDE DO TRABALHADOR E O PROCESSO DE TRABALHO DOS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS EM UM INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO NAILENA MAIKA DA ROCHA VIEIRA - CESMAC, MARA CRISTINA RIBEIRO - CESMAC, RENATA GUERDA DE ARAÚJO SANTOS - CESMAC, JOHN VICTOR DOS SANTOS SILVA - UNCISAL, PAULO ROBERTO LIMA DA SILVA - CESMAC, CLÁUDIA VÍVIAN DE OLIVEIRA AMORIM - CESMAC
Apresentação/Introdução Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia-IF são instituições de educação equiparadas às universidades federais. Investigou-se as relações da gestão do processo de trabalho dos técnicos-administrativos-TAEs de um IF nordestino baseado na Psicodinâmica do Trabalho, buscando compreender as estratégias de enfrentamento acionados pelos TAEs diante das pressões cotidianas do trabalho
Objetivos Conhecer os sentidos e práticas dos TAEs relacionadas à gestão do trabalho, associadas à geração de prazer, sofrimento e doença. Contribuir para o desenvolvimento da temática e implementação de ações de apoio à saúde dessa categoria de trabalhadores
Metodologia Pesquisa Qualitativa baseada na Psicodinâmica do Trabalho como referencial teórico. As evidências trazidas pelos dados produzidos foram trianguladas através de Entrevista Semiestruturada, Grupo Focal e Diário de Campo. Participaram 22 TAEs da Reitoria de um IF do nordeste brasileiro. Os participantes descreveram e refletiram sobre suas atividades, tendo como perspectiva quais processos de trabalho geravam prazer, sofrimento e adoecimento. Para a análise do material produzido foi utilizada a análise de conteúdo, na modalidade análise categorial. As categorias temáticas que emergiram nas falas foram validadas pelos Grupos Focais. Pesquisa aprovada sob o CAAE 66633017.3.0000.0039
Resultados Os entrevistados percebem prazer no processo de trabalho ao vivenciarem cooperação, empatia, participação na organização do trabalho, reconhecimento dos pares, apropriação do trabalho, construção da identidade, contribuição institucional ao engajamento. Vivenciam o sofrimento gerado pela intensificação do trabalho, regras inflexíveis, desengajamento, demanda política, desmotivação, riscos e precarização do serviço público, burocracia, falta de reconhecimento e diferenciação de tratamento oferecido para TAEs e docentes. Quanto ao adoecimento destacaram elevada carga psíquica, baixa significância da doença, individualização e culpabilização
Conclusões/Considerações Enquanto alguns TAEs buscam o enfrentamento de situações conflituosas, outros sinalizam o adoecimento como normal. Suportar situações devastadoras interpretando-as como normais evidencia a necessidade de esclarecer o que significa estar ou não saudável. Existe a necessidade de alinhamento das atribuições e competências dos TAEs. Facilitar a colaboração entre TAEs, e entre TAEs e gestão institucional, fortalece o trabalho e a saúde desses sujeitos
|