26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO22b - Trabalho e Saúde Mental 1 |
21911 - ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO RELACIONADO AO TRABALHO EM TRABALHADORES DE TRANSPORTE COLETIVO NO BRASIL
ÉRICA PORTUGAL TAVARES - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, ANA LÚCIA PELLEGRINI-REIS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, ADRYANNA CARDIM DE ALMEIDA - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/CESAT/DIVAST/SESAB, PABLO JACINTO - CRP-BA / UFBA
Apresentação/Introdução
O estado de estresse pós-traumático (EEPT) tem sido considerado o quarto transtorno mental mais comum do mundo, com destaque para os grupos de risco, como os trabalhadores do transporte coletivo, estes quatro vezes mais propensos a enfrentar ameaças de violência no trabalho em comparação com outros profissionais.
Objetivos
Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados do estado de estresse pós-traumático relacionado ao trabalho em trabalhadores do transporte coletivo no Brasil entre 2008 a 2013.
Metodologia
Estudo descritivo, realizado com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) sobre o estado de estresse pós-traumático relacionado ao trabalho, em trabalhadores do transporte coletivo urbano – motorista de ônibus e cobrador –, ocorridos no Brasil nos anos de 2008 a 2013. Foram estimadas frequências absolutas e relativas por biênio segundo as variáveis sociodemográficas e ocupacionais e a variação proporcional percentual (VPP) no período estudado.
Resultados
No período de 2008 a 2013, entre os transtornos mentais relacionados ao trabalho, o EEPT foi o agravo mais frequente das notificações no SINAN. O maior número de casos ocorreu em trabalhadores do transporte coletivo urbano, correspondendo a 12,0% (54 casos). A maioria (98,1%) foi de trabalhadores com vínculo formal, esperado por se tratar de um grupo profissional com vínculo empregatício em empresas fiscalizadas por prestarem serviço para os municípios. Entre os biênios estudados, verificou-se evolução das notificações de EEPT-RT com variação percentual positiva (VP) de +31,2%, assim como um crescimento dos casos entre homens e mulheres, que apresentaram +33,3% e +22,7%, respectivamente.
Conclusões/Considerações
A atividade laboral dos trabalhadores do transporte coletivo é desgastante, pelas más condições de trabalho, e arriscada, pela vulnerabilidade a potenciais eventos traumáticos, de modo que, estando suscetíveis a desequilíbrio emocional, fadiga e estresse, esses trabalhadores necessitam de estratégias de promoção da saúde do trabalhador e estratégias de prevenção que possam contribuir para (re) formular as políticas de transporte coletivo urbano.
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