29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19l - Organização do trabalho na atenção à saúde |
23574 - ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO DA AGENDA DAS EQUIPES DE SAÚDE BUCAL AVALIADAS NO 2º CICLO DO PMAQ-AB, BRASIL ANDERSON DE SOUZA FERNANDES - UFRN, ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA - UFRN
Apresentação/Introdução A organização da agenda das equipes de saúde bucal influencia diretamente no acesso à consulta odontológica e na criação de vínculo com os pacientes. Porém, o modelo de atenção vigente pode orientar a forma de atuação destes profissionais. Logo, apesar do PMAQ buscar ampliação do acesso, este ideário não está relacionado apenas à lógica quantitativa nem se sobrepõe à qualidade da atenção prestada.
Objetivos Analisar a organização da agenda das Equipes de Saúde Bucal do Brasil avaliadas no 2º ciclo do PMAQ-AB.
Metodologia Trata-se de um estudo exploratório e descritivo baseado nos resultados da avaliação externa do 2º ciclo do PMAQ com as Equipes de Saúde Bucal no Brasil. Sendo a subdimensão “Organização da Agenda” destas equipes objeto deste estudo. Assim, verificou-se estatisticamente as frequências absolutas e relativas das questões avaliadas pelo PMAQ acerca da organização da agenda, além de verificar a associação através do teste estatístico qui-quadrado, adotando um nível de significância de 5%. Ademais, devido a utilização de dados secundários, o presente estudo não necessitou de apreciação em comitê de ética em pesquisa, estando em conformidade com a Resolução 466∕2012 do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados A quantidade de pacientes atendidos por turno pelas equipes de saúde bucal varia: até 8 (55,9%); entre 9 e 10 (24,1); e 11 pacientes ou mais (20,0%). Quando analisada esta distribuição por região, verifica-se associação estatisticamente significativa (p<0,001), cabendo ressaltar que as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste atendem majoritariamente até 8 pacientes. Além disso, verifica-se que 90,3% das equipes garantem consulta por demanda espontânea e por agendamento, sendo o agendamento como maior parte (74,2%), podendo ser realizado em qualquer dia da semana e horário na maioria das equipes. Além disso, 90,9% das equipes tem na agenda oferta de atividade de educação na comunidade.
Conclusões/Considerações A construção da agenda das equipes de saúde bucal avaliadas sinaliza uma reorientação do modelo organizacional do tipo queixa-conduta, cuja a demanda livre é ordenadora das consultas, para um modelo baseado em maior cuidado às pessoas e criação de vínculo garantidos pelas consultadas agendadas. Além dos atendimentos clínicos, é salutar a oferta na agenda de educação em saúde na comunidade tendo em vista a demanda que não vai à procura do serviço.
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