29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19j - Percursos no acesso à atenção à saúde |
27472 - ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA REBECA SILVA DOS SANTOS - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, ANA CLARA TUPAM NEWLANDS - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, ELIZABETE PACHECO GANDRA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, GABRIEL NOGUEIRA GARCIA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, INGRID LILLY MARTINS PEREIRA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, RAINER LOPES - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, MARIA ALICE PESSANHA DE CARVALHO - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, JOSÉ WELLINGTON GOMES ARAÚJO - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, MÔNICA MOTTA MATTOS COSTA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
Apresentação/Introdução O acolhimento à demanda espontânea na atenção primária ainda é um desafio para a gestão do trabalho. A análise do perfil da demanda espontânea evidencia as fragilidades do modo como o serviço oferta o cuidado e ainda possibilita construir estratégias que otimizem o fluxo, fortaleçam o vínculo, organize as agendas dos profissionais e qualifique o cuidado.
Objetivos Caracterizar o atendimento à demanda espontânea em uma Unidade de Saúde da Família no município do Rio de Janeiro, analisar o perfil epidemiológico desses atendimentos e propor ações que reverberem na melhoria da atenção à saúde da população.
Metodologia Trata-se de um estudo ecológico em que as unidades de análise são os atendimentos de demanda espontânea (N= 25.039), dos quais selecionou-se uma amostra de 10%, no período de Outubro de 2015 à Setembro de 2016. As variáveis analisadas foram: idade; sexo; equipe de adscrição; data do atendimento; horário do atendimento; tipo de atendimento; motivo(s) do atendimento; gerou prescrição. Para tabulação dos dados, utilizou-se o Epi-Info™ 7 e calculadas as frequências.
Resultados O perfil da demanda espontânea foi de maioria mulheres (65,5%), com idade entre 50 a 69 anos (30%), atendidas por médicos (52,9%), no turno da manhã (56,7%), nas segundas (21,61%) e quintas-feiras (21,89). Os motivos mais frequentes foram demandas relacionadas a receitas (10,17%) e exames (7,44%). As dores totalizaram 26,1% das demandas. Dos motivos analisados, 55,9% podem ser considerados queixas clínicas. O modelo de acolhimento adotado nas USF do Rio de Janeiro onde o ACS realiza a recepção e triagem da demanda espontânea, se mostra ineficaz pois distribui de maneira não organizada as demandas, sobrecarregando a agenda dos profissionais e constituindo barreiras no acesso.
Conclusões/Considerações O modelo de acolhimento de demanda espontânea adotada pela SMS/RJ parece dificultar o acesso aos usuários e ainda sobrecarrega a agenda dos profissionais, enquanto poderiam ser receber outras ofertas de cuidado. Ainda, é importante que usuários das linhas de cuidado já saiam da consulta com o retorno agendado, assim como aqueles atendidos em demanda espontânea e casos complexos.
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