29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19j - Percursos no acesso à atenção à saúde |
21186 - REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: REORGANIZAÇÃO DA SAÚDE NA 1ª REGIÃO DE SAÚDE DO CEARÁ MARIA SÔNIA LIMA NOGUEIRA - UECE, LÚCIA CONDE DE OLIVEIRA - UECE
Apresentação/Introdução A reorganização dos serviços de saúde tem sido uma necessidade no Sistema Único de Saúde (SUS), o que tem levado gestores cearenses a repensar a política de saúde de seus municípios e o fazem através da reestruturação da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Em face disto dediquei-me a buscar conhecer como tem se dado o processo de reestruturação das RAS em uma região de saúde do Estado do Ceará.
Objetivos Analisar o processo de reestruturação das Redes de Atenção à Saúde (RAS) na 1ª Região de Saúde do Ceará e verificar a existência de integração entre os pontos de atenção à saúde.
Metodologia Recorte da tese, em desenvolvimento, do doutorado em Saúde Coletiva/UECE. Este trabalho reflete sobre o processo de reestruturação das RAS. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, cujas técnicas de produção de dados foram a observação sistemática com uso do diário de campo e a entrevista semiestruturada. Análise de dados realizada a partir da hermenêutica de Gadamer, pois interessa a compreensão dos sujeitos sobre o processo de (re)organização das RAS. Foram entrevistados nove gestores (secretários municipais e coordenadores regionais de saúde) da 1ª Região de Saúde do Ceará, composta por quatro municípios: Aquiraz, Eusébio, Fortaleza e Itaitinga.
Resultados A reestruturação da RAS nos municípios pesquisados tem se dado com a reorganização da Atenção Primária à Saúde (APS) através do Projeto Qualifica APSUS, iniciado em 2014. Em Fortaleza, deu-se com uma consultoria (2013-16). Os entrevistados disseram haver uma rede, porém, fragmentada, não satisfatória e sem o devido diálogo entre seus nós. Indicaram o prontuário eletrônico como importante mecanismo de integração, mas nem todos os municípios contam com tal tecnologia, sendo Fortaleza, o mais avançado nesse sentido: todas as unidades básicas de saúde possuem o prontuário. Todavia, não dialogam com os demais níveis de atenção através dele. A APS refere para os outros níveis, mas não tem retorno.
Conclusões/Considerações Os municípios iniciaram em 2013 (Fortaleza) e 2014 (Aquiraz, Eusébio e Itaitinga) uma reestruturação da política de saúde a partir da APS. Apresentaram em comum o fato de que, mesmo havendo uma rede de atenção à saúde, definida na Constituição Federal de 1988, organizada em resposta às normativas do Ministério da Saúde, esta rede não tem sido satisfatória no atendimento às necessidades em saúde. Não há comunicação entre seus pontos de atenção.
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