28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19h - Intersetorialidade e condições sensíveis à Atenção Básica |
27221 - MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE: COMO SE ORGANIZAM OS SERVIÇOS DE CONTROLE DA TUBERCULOSE EM UM MUNICÍPIO PARAIBANO? RAYARA CIBELLE RIBEIRO DA SILVA - UFCG, JÚLIA KAROLINE DUARTE DE AMORIM - UFCG, KENNIA SIBELLY MARQUES DE ABRANTES - UFCG, ARIELI RODRIGUES NÓBREGA VIDERES - UFCG-UFPB, MARIA MIRIAM LIMA DA NÓBREGA - UFPB
Apresentação/Introdução O Programa Nacional de Controle da Tuberculose tem se articulado e estruturado para promover estratégias que visem a descentralização e horizontalização das ações de prevenção, vigilância e controle da tuberculose no âmbito da Atenção Primária com parceria entre outros setores de saúde, fortalecendo o modelo de atenção hegemônico do Sistema Único de Saúde.
Objetivos Identificar o modelo vigente de atenção à saúde de um município Paraibano a partir da organização dos serviços de controle da tuberculose.
Metodologia Foi desenvolvido um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, nas Estratégias de Saúde da Família no município de Sousa, estado da Paraíba, Brasil, reunindo 15 enfermeiras que acompanham ou acompanharam pessoas diagnosticas com tuberculose. Por meio de um questionário estruturado, os dados foram apreendidos no período de novembro de 2017 a fevereiro de 2018 e analisados pela técnica de Análise de Conteúdo, modalidade temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria (nº 1.502.733) em atendimento a Resolução 466/2012.
Resultados As ações de diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos de tuberculose estão centralizadas no serviço secundário de referência, cabendo aos enfermeiros das equipes de Saúde da Família a busca ativa dos casos suspeitos de forma isolada e descontinuada, retratando uma linha de coordenação e gestão vertical que induzem à fragmentação do cuidado e do processo de trabalho em saúde. A ausência de um serviço de referência/ contra referência e de ferramentas/dispositivos de gestão do cuidado foram apontados como causa e consequência de um modelo desestruturado de atenção que não prevê uma Atenção Básica à Saúde estruturada como primeiro nível de atenção e porta de entrada preferencial do sistema.
Conclusões/Considerações Necessita-se (re) pensar o modelo de atenção vigente no município a partir da descentralização e planejamento das ações de controle da tuberculose para as equipes de Saúde da Família, concomitante, à implantação de uma Rede de Atenção à Saúde que possibilite a organização estrutural do sistema e uma relação horizontal, contínua e integrada entres os níveis de atenção, com o objetivo de produzir uma gestão compartilhada do cuidado integral.
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