28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19h - Intersetorialidade e condições sensíveis à Atenção Básica |
23197 - CUIDADO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA VIVENDO COM HIV/AIDS. A EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE DE CONSULTÓRIO NA RUA. SANDRA LÚCIA FILGUEIRAS - SMS RIO DE JANEIRO, VALESKA ANTUNES - SMS RIO DE JANEIRO, MARCELO SOARES COSTA - SMS RIO DE JANEIRO, DANIEL DE SOUZA - SMS RIO DE JANEIRO, CARLA LIMA - SMS RIO DE JANEIRO, JOSÉ DELLANEY LIMA - SMS RIO DE JANEIRO, ANDERSON ARAÚJO - SMS RIO DE JANEIRO, DANIELE GAUDARD - SMS RIO DE JANEIRO, REJANE MELO - SMS RIO DE JANEIRO
Período de Realização Trabalho sendo realizado desde 2011 até o momento (fevereiro/2018).
Objeto da Experiência Ações de cuidado desenvolvidas por um Consultório na Rua (CnR) junto a moradores de rua que vivem com HIV/Aids.
Objetivos Compartilhar a experiência, relacionada ao cuidado das pessoas em situação de rua (PSR) vivendo com HIV/Aids, vivenciada no CnR Manguinhos, localizado no município do Rio de Janeiro, cujo trabalho vem buscando contribuir para consolidação da universalidade, equidade e integralidade previstos no SUS.
Metodologia O trabalho desenvolvido pela equipe multidisciplinar do CnR Manguinhos tem viabilizado o cuidado em HIV/Aids por meio da construção de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS). Estes são orientados pela integralidade da atenção, lógica da Redução de Danos (RD), onde se trabalha com ofertas e não apenas com restrições, agregando o saber técnico ao modo desses sujeitos viverem a vida, suas possibilidades e limites em se auto cuidar.
Resultados Os PTS têm envolvido a definição de metas, responsabilidades e reavaliação resultantes de discussão entre os usuários(as) e a equipe. Estes incluíram entre diferentes estratégias de cuidado para adesão aos antirretrovirais (ARV) e às medidas preventivas, a vinda diária à clínica para tomada dos medicamentos, acionar rede de apoio da rua para entrega dos mesmos, testagem rápida do HIV em espaços públicos, diagnóstico e tratamento de tuberculose e disponibilização de preservativos.
Análise Crítica As condições de pobreza das PSR, o uso de álcool e outras drogas e o estigma, somadas à escassez de ações de proteção social do estado agravam suas condições de saúde e vulnerabilidades, evidenciam a violação de direitos humanos e sua exclusão social. Apesar das adversidades do viver na rua e, em que pese a baixa adesão ao tratamento de alguns, temos vivenciado experiências positivas de adesão aos ARV e, sobretudo à vida.
Conclusões e/ou Recomendações A escuta e o vínculo são ferramentas indispensáveis para construção dos PTS. Conhecendo suas histórias de vida foi possível estabelecer um diálogo contextualizado às vivências dos(as) usuários(as). Buscando respeitar seus direitos e viabilizando o protagonismo dos sujeitos no cuidado à sua saúde, consideramos que pudemos contribuir para a ampliação dos possíveis benefícios provenientes do saber científico e tecnológico junto às PSR.
|