28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19h - Intersetorialidade e condições sensíveis à Atenção Básica |
22627 - INTEGRALIDADE, PRÁTICAS DE SAÚDE E A REDE DE SERVIÇOS NO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO: UMA ANALISE SOBRE O RELATO DE EXPERIENCIA DOS ASSISTENTES SOCIAIS DÉBORA CRISTINE SODRÉ MOTA - PRONTO SOCORRO CENTRAL DE SÃO GONÇALO, ALINE RODRIGUES ALMEIDA - IFF E PRONTO SOCORRO CENTRAL DE SÃO GONÇALO
Período de Realização Os dados foram coletados no período de 30 dias, entre os meses de maio e junho de 2017.
Objeto da Experiência Pretende-se realizar uma discussão acerca da integralidade na prática do Serviço Social, relacionando a influência do modelo capitalista atual.
Objetivos Analisar o grau de articulação entre as práticas de saúde e os serviços que compõem a rede de saúde local a partir do relato de experiência dos assistentes sociais que atuam no Complexo Hospitalar e refletir sobre os desafios postos para a efetivação da integralidade na prática profissional.
Metodologia Esta análise foi realizada a partir do relato de experiência de doze assistentes sociais que atuam no complexo hospitalar Luiz Palmier. Foi utilizado para coleta de dados questionário semiestruturado de natureza qualitativa constituído de perguntas para identificar prioritariamente questões relacionadas ao perfil dos sujeitos, percepção sobre a integralidade na saúde, estrutura dos serviços, recursos e materiais disponíveis e limites e possibilidades de efetivação da integralidade.
Resultados Sobre a percepção da integralidade, nota-se fronteiras distintas entre os profissionais, que não se restringem apenas ao conceito formal e consideram suas dimensões vivenciadas no cotidiano. Os profissionais apresentam como principal desafio a falta de instrumentos e recursos necessários para efetivar a integralidade. Este panorama contraditório vai na contramão do desenvolvimento da integralidade, interfere na apreensão da realidade e impõe limites práticos ao exercício do assistente social.
Análise Crítica A integralidade é uma das diretrizes básicas do SUS e uma ação resultante da interação das ações de promoção, prevenção e recuperação, de modo a possibilitar a construção de práticas de saúde igualitárias (Pinheiro, 2009). Entretanto, pensar a materialização da integralidade requer concebê-la na sua interação com as políticas econômicas e sociais marcadas pela privatização e redução dos gastos sociais. Neste sentido, a reflexão sobre integralidade remete ao de exercício da própria cidadania.
Conclusões e/ou Recomendações O estudo contribuiu para buscar alternativas que promovam a integralidade, a partir das considerações dos profissionais e da interação de seus conhecimentos e práticas. Explicitamos os fatores externos que ultrapassam a vontade do profissional, sem desconsiderar o desmonte que a Saúde vem sofrendo sob a ofensiva neoliberal, tornando-se essencial elaborar estratégias coletivas de resistência ao atual projeto político em curso na atualidade.
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