27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19c - Atenção materno-infantil |
22533 - IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE DA BAHIA: DESAFIOS E POTENCIALIDADES. KEYLA DA SILVEIRA PINTO - FUNDAÇÃO ESTATAL SAÚDE DA FAMÍLIA, JULIANA DOS SANTOS OLIVEIRA - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA ISC / UFBA
Período de Realização A experiência desenvolveu-se no período compreendido entre abril de 2014 e novembro de 2017.
Objeto da Experiência Implantação do serviço de enfermagem obstétrica em municípios do Estado da Bahia com até trinta e um mil habitantes.
Objetivos Qualificar a atenção ao pré-natal e parto natural em municípios de Pequeno Porte da Bahia pelo serviço de enfermagem obstétrica; Avaliar resultados da atuação de enfermeiros obstetras na atenção ao pré-natal e parto natural; Identificar desafios e potencialidades do serviço de enfermagem obstétrica.
Metodologia Implantou-se o serviço em 13 municípios, com inserção de enfermeiros obstetras, atuando da atenção básica até a hospitalar, na realização do parto natural. As atividades desenvolvidas, registradas em impressos específicos, constituíram Instrumentos de Gratificação por Produção e Qualidade, analisados à nível da gestão Estadual do serviço, por meio da Fundação Estatal Saúde da Família. Os dados compuseram séries históricas, para comparação do período anterior e posterior à implantação do serviço.
Resultados Indicadores do pré-natal apresentaram aumento na taxa de nascidos vivos com sete ou mais consultas pré-natal e redução na taxa de mortalidade infantil, com destaque para a neonatal; Mortalidade materna e número de gestantes com vacinas completas permaneceram constantes. Houve aumento do número de partos realizados em 67% dos municípios; foram instituídas ações de boas práticas no parto, como corte tardio do cordão, contato pele a pele / amamentação na sala de parto e gestantes com acompanhante.
Análise Crítica O serviço permitiu, através da atuação dos enfermeiros, a qualificação da atenção ao parto natural nos municípios, revelando assim o potencial da proposta. Porém, o pequeno número de municípios contemplados com o serviço, bem como alguns dos obstáculos à implantação e execução da mesma, tais como resistência por parte das equipes médicas frente a realização do parto pelos enfermeiros obstetras e falta de infraestrutura nos hospitais de pequeno porte, comprometeram o resultado final.
Conclusões e/ou Recomendações Apesar das dificuldades, houve um fortalecimento na articulação entre a atenção hospitalar e a atenção básica, bem como maior vinculação das gestantes aos municípios de residência, esta última refletida pelo aumento do número de partos nestes locais. Diante disso, recomenda-se, como meio para fortalecimento da proposta, sua configuração enquanto política prioritária para municípios, em consonância com as políticas de atenção ao parto do SUS.
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