27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19b - Profissionais de saúde |
27689 - INTERSETORIALIDADE NO PROGRAMA MAIS MÉDICOS COMO POTÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MARIA LIA SILVA ZERBINI - UFRGS/ MINISTERIO DA SAÚDE, DANIELE FRAGA DALMASO, - MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, MELISSA DE AZEVEDO - MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, FLÁVIO WANDERLEI GOMES DA SILVA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, LEANDRO FARIAS RODRIGUES - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Período de Realização A partir de 2016 após a renovação do Programa Mais Médicos e a publicação da Portaria MS 13/2015.
Objeto da Experiência O apoio intersetorial do PMM às gestões locais para a qualificação do trabalho das equipes de atenção básica ampliando ações de cuidado territoriais.
Objetivos Descrever o trabalho intersetorial dos apoiadores do Ministério da Educação-MEC e referências descentralizadas Ministério da Saúde-RD/MS no processo de apoio às gestões locais, visando à qualificação da Atenção Básica-AB para além da gestão de vagas e da supervisão do Programa Mais Médico-PMM
Metodologia O processo de apoio tem como base as diretrizes do nível federal sobre o PMM e PNAB. O debate e apoio nas mudanças no território e no processo de trabalho das equipes é realizado principalmente nas reuniões mensais entre assessora da Organização Pan Americana de Saúde, apoiadoras institucionais do MEC e referências estaduais do MS; reuniões mensais da Comissão Estadual do PMM; visitas técnicas aos municípios e atividades da supervisão acadêmica - Visita in Loco e Encontro Locorregional.
Resultados Podemos reconhecer mudanças no processo de trabalho das equipes de AB no RS que contam com médicos do PMM lotados em UBS tradicionais através da ampliação do atendimento às gestantes e crianças, antes direcionados aos pediatras e ginecologistas da UBS, aumento de visitas domiciliares que elevam o conhecimento do território e ampliação do atendimento a idosos e acamados. Estamos presente em 73% dos municípios do RS, mostrando a potência do programa para mudanças efetivas na prática em saúde.
Análise Crítica A configuração do PMM no RS permite ampliar as ações no território além da gestão de vagas para um debate de qualificação e organização da AB. A atuação mais recente marcada por disputas de modelo de atenção entre AB tradicional e ESF resultantes da entrada desses atores nos diversos modelos. Observa-se maior diálogo entre médicos e coordenadores locais na busca de qualificação nos processos de trabalho. Entretanto, evidencia-se a necessidade de maior inclusão do usuário e equipes no debate.
Conclusões e/ou Recomendações O trabalho destaca disputas entre modelos de organização e a diversidade de execução da AB. A partir da ampliação da possibilidade de inserção dos médicos, surgem demandas de mediação de conflito com a gestão local relacionadas à lógica de atendimento. O trabalho integrado possibilita maior potência nas mudanças do território. As demais equipes estaduais do PMM devem destacar esse debate propiciando um apoio além da clínica ou gestão de vagas.
|