27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC19b - Profissionais de saúde |
23509 - SATISFAÇÃO DE MÉDICOS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS NO TRABALHO NA SAÚDE DA FAMÍLIA JOSUÉ SOUZA GLERIANO - USP/UNEMAT, ALEXANDRE PEREIRA DE ANDRADE - SMS DE TANGARÁ DA SERRA/UNISANTA, ITAMAR MARTINS BONFIM - SMS DE TANGARÁ DA SERRA, AMÉLIA COHN - USP/UNISANTA, THAIS NAYARA SOARES PEREIRA - UNEMAT, ANDREA PARADELO RIBEIRO - UNEMAT, VERÔNICA MODOLO TEIXEIRA - USP, LUCIELI DIAS PEDRESCHI CHAVES - USP
Apresentação/Introdução A falta de médicos com perfil adequado e a difícil fixação em áreas remotas são questões citadas como dificuldades de implementação do modelo de atenção primária a saúde (APS) no Brasil, contudo o Programa Mais Médicos (PMM) configurou-se como um novo arranjo para superar essas dificuldades e fortalecer aspectos de recrutamento, distribuição, remuneração e capacitações de profissionais médicos.
Objetivos Identificar a satisfação no trabalho dos médicos do PMM pertencentes a unidades de saúde da família em um município do estado de Mato Grosso referência na alocação de médicos desse Programa.
Metodologia Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo realizado com dezoito médicos cubanos do PMM do município de Tangará da Serra-MT, que atuavam na zona urbana e rural. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas, abordando: aspirações profissionais; motivo da escolha por trabalhar na APS; liberdade e autonomia no trabalho; recursos disponíveis; uso criatividade; uso de base científica na realização do trabalho; satisfação quanto aos resultados do trabalho; desgaste; imagem do médico da APS. Utilizou-se o critério de saturação de dados e esses foram trabalhados na modalidade de análise temática e a satisfação foi adotada como a valoração subjetiva do indivíduo.
Resultados Quanto às aspirações de trabalhar na APS emergem questões ideológicas e de formação, do crédito das propostas do PMM e o desejo de atenderem à população com acesso reduzido. A garantia temporária no Brasil apresenta-se como alternativa/motivação diante das dificuldades de encontrar emprego no país de origem. Limitações na liberdade e autonomia, exigência de produtividade de alto número de consultas em detrimento da qualidade do atendimento, dificuldades no uso de bases científicas e distância com seus tutores são relatados como pontos desfavoráveis. Expõem que apesar da estrutura simples, os espaços e recursos são satisfatórios. A valorização do trabalho na comunidade emergiu nos relatos.
Conclusões/Considerações Os médicos do PMM consideram-se satisfeitos com o trabalho, expressaram o sentimento de estar fazendo o melhor para essas pessoas e sentem temor quando forem trocados na vigência de seus contratos, pela proximidade criada com as equipes e comunidade. Consideram e acreditam no SUS como um avanço, porém sinalizaram grandes desafios para ele ser resolutivo.
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