Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO19g - Redes e fluxos da atenção à saúde

26108 - A ATUAÇÃO DOS HOSPITAIS DE MÉDIA COMPLEXIDADE NA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: O QUE SUA PRODUÇÃO REVELA?
FABIANE GORNI BORSATO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, BRÍGIDA GIMENEZ CARVALHO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Apresentação/Introdução
A média complexidade hospitalar possui importante papel na assistência à saúde, utilizando tecnologias intermediárias na operacionalização de atendimentos. As instituições em estudo são dois hospitais públicos, de média complexidade, com porte e disponibilidade de leitos semelhantes; localizados em um município de gestão plena e inseridos na Rede de Urgência e Emergência (RUE).


Objetivos
Analisar a atuação dos hospitais de média complexidade na RUE a partir dos dados de produção de suas unidades de urgência e emergência (UE).


Metodologia
Estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, realizado a partir de dados secundários, referentes às unidades de UE das instituições em estudo, obtidos dos Relatórios de Auditoria realizada pela Diretoria de Regulação da Atenção em Saúde e dos Relatórios de Acolhimento com Classificação e Avaliação de Risco (ACCR), disponibilizados pelos hospitais. Os dados coletados corresponderam ao período de janeiro de 2016 a junho de 2017.


Resultados
O hospital A apresentou uma média de 4.991 atendimentos/mês, sendo 76,4% não regulados, e destes, 92,9% originados de procura espontânea; apenas 11,3% dos atendimentos evoluíram para internação; e observou-se a média de 113% de ocupação da unidade de UE. O Hospital B apresentou 2.639 atendimentos/mês, com 65,3% de casos não regulados e destes, 99,4% de procura espontânea; 20,5% dos atendimentos evoluíram para internação. A partir da análise dos dados do ACCR dos dois hospitais, evidenciou-se que menos de 2% dos atendimentos foram classificados como vermelho (emergência), e aqueles classificados em verde (menor urgência) tiveram média mensal acima de 40%.


Conclusões/Considerações
Da demanda acolhida por estes Hospitais, observou-se o baixo número de casos que evoluem para internação e significativo percentual de casos de menor urgência, muitas vezes passíveis de atendimento na Atenção Primária em Saúde (APS) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Isso pode revelar falhas na assistência em nível primário de atenção e pouca efetividade na atuação desses hospitais na RUE pela incompleta regulação do acesso a esse serviço.

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